aijesus.blogspot.com – 17 julho 2012
[... a] mais desventurada e vilipendiada classe profissional é a dos professores. Resumindo bastante uma longa história, podemos dizer que os professores estão desde há bastante tempo sujeitos a estas duas regras que não passam de alíneas nos tratados de domesticação: fazer com que a sua legitimidade não tenha uma fonte mais elevada — por exemplo, o saber, algo que não move nem comove a escola atual — do que a dos próprios gestores do ministério; fazer com que eles não acedam a nenhuma espécie de autonomia. Deste modo, se outrora o tempo de trabalho do professor se dividia entre o tempo controlado e o tempo autónomo, hoje todo o seu tempo de trabalho é controlado (à hora, aliás). A única autoridade que conta hoje na escola é de ordem administrativa.
[António Guerreiro. Os exames e a comédia do rigor. In Atual (Expresso), 14/07/2012). Negrito meu]
Qualquer semelhança com o Brasil não é mera coincidência.
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