darussia.blogspot - Domingo, Outubro 14, 2012
A crise nas Caraíbas aconteceu quando, em
outubro de 1962, a União Soviética instalou mísseis nucleares em Cuba, a
poucos quilómetros dos Estados Unidos.
Então, a guerra foi
evitada graças a cedências de ambas as partes. Washington retirou os
seus mísseis Júpiter da Turquia e Itália e Moscovo os seus de Cuba.
Na
quarta-feira passada, o atual ministro dos Negócios Estrangeiros russo,
Serguei Lavrov, reconheceu que Washington e Moscovo não conseguem
encontrar solução para o problema da instalação pelos norte-americanos
de um sistema de defesa antimíssil na Europa.
"A parte americana
não está pronta a aceitar quaisquer garantias que limitem as
possibilidades potenciais da criação e instalação de elementos do escudo
de defesa antimíssil", declarou num discurso na Câmara Alta do
Parlamento da Rússia.
"As nossas propostas sobre a arquitetura
conjunta com vista a reagir aos possíveis riscos de mísseis vindos de
fora da Europa são ignoradas, alegando que a NATO não pode transmitir a
ninguém parte da sua responsabilidade na manutenção da defesa dos
territórios dos países membros da aliança", acrescentou.
O chefe
da diplomacia russa afirma que o seu país está disposto a continuar o
diálogo, mas as expectativas não são as melhores, pois pouco irá
depender dos resultados das eleições presidenciais nos Estados Unidos.
"Independentemente
do vencedor, a posição norte-americano sobre o escudo antimíssil não
deverá mudar substancialmente. Se acontecer, só para pior", declarou à
Lusa uma fonte diplomática em Moscovo.
"A política externa em
relação à Rússia de "reset" de Obama pouco deu e a de Mitt Romney também
não promete mais", sublinhou a fonte.
"Em qualquer dos casos, a
Rússia poderá envolver-se numa nova corrida aos armamentos, com
consequências imprevisíveis", concluiu.
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