"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

quarta-feira, outubro 17, 2012

Empresa russa tenciona construir oleoduto entre Moçambique e Zimbabwe

darussia.blogspot - Sexta-feira, Outubro 12, 2012



 A Rosneft, maior empresa pública russa no campo da exploração de petróleo, anunciou que tenciona construir um oleoduto entre Moçambique e o Zimbabwe, que deverá custar cerca de 500 milhões de euros.
Segundo Roman Trotzenko, conselheiro do diretor dessa empresa, estão a ser realizadas conversações sobre a construção de um oleoduto que irá ligar o porto da Beira a Harare, capital do Zimbabwe.
“O projeto não é complicado em geral, mas é complicado do ponto de vista jurídico, pois iremos trabalhar, no início, com duas jurisdições, mas quando se juntarem outras, teremos um grande acordo intergovernamental entre seis países”, precisou ele, em declarações à agência ITAR-TASS.
Trotzenko frisou que o acordo deverá ficar pronto até ao fim do ano.
A necessidade da construção deste oleoduto é explicada pelo sobrecarregamento das infraestruturas existentes.
“Por isso consideramos este projeto comercialmente importante para as infraestruturas e justificado”, justificou Trotzenko, acrescentando que, no Zimbabwe, o preço da gasolina é um dos mais altos no mundo.
O atual diretor da Rosneft é Igor Setchin, um dos homens mais próximos do Presidente Putin. Nos anos de 1980, esteve em Moçambique e Angola, onde trabalhou para a espionagem soviética.
Porém, alguns analistas consideram este projeto puramente político.
“A atividade económica nesses países está ligada a altos riscos políticos. Além disso, não se compreende onde é que a Rosneft vai buscar o petróleo. Nos últimos tempos, foi publicada informação de que a plataforma continental de Moçambique é rica em hidrocarbonetos, mas a empresa pública não tem atualmente capacidade de realizar semelhantes projetos de extração de petróleo”, considera Valeri Nesterov, perito da empresa Troika Dialog, em declarações ao jornal Kommersant.

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