"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

sexta-feira, dezembro 21, 2012

Putin diz que Estados Unidos está enterrado numa certa concistência

darussia.blogspot – 20 dez 2012

PUBLICADA POR JOSÉ MILHAZES

Putin considera que escudo antimíssil norte-americano ameaça neutralizar potencial nuclear russo

  O sistema de defesa antimíssil norte-americano a instalar na Europa ameaça neutralizar o potencial nuclear da Rússia, declarou Vladimir Putin numa conferência de imprensa para jornalistas russos e estrangeiros.

“Já dissemos várias vezes que vemos uma ameaça quando os nossos parceiros criam semelhantes sistemas, isso pode levar à neutralização, se não respondermos, do nosso potencial nuclear, o que viola consideravelmente o equilíbrio estratégico no mundo”, acrescentou.

Semelhante equilíbrio protege toda a humanidade de grandes conflitos militares depois da segunda guerra mundial.

“Há muitos conflitos pequenos, mas graças a Deus que não há grandes. Superámos a Crise das Caraíbas porque existia esse equilíbrio, ninguém quer a destruição mútua”, frisou.

Putin prometeu responder ao escudo antimíssil na Europa se não for possível chegar a um acordo com a NATO.

“Pelo menos fixemos no papel algo de caráter jurídico que garanta que isso não é contra nós. Mas até isso nos recusam. Temos de tomar medidas de resposta”, continuou.

Moscovo exige garantias da NATO de que o sistema de defesa antimíssil na Europa não visa neutralizar as forças estratégicas russas, mas a Aliança limita-se a promessas verbais que o Kremlin não aceita.

Putin reconhece ser "mau cristão" e responder à chapada numa face

O Presidente russo Vladimir Putin considera-se um “mau cristão”, porque não considera correto expor a sua face da cara, preferindo responder às agressões, nomeadamente nas relações internacionais.

“No que respeita à retórica anti-americana, anti-ocidental ou em relação a outro país, não precisamos de semelhante anti-retórica. Ela é sempre prejudicial. Mas nós convosco, ou melhor, eu sou mau cristão quando batem numa face, é preciso colocar a outra, mas eu, por enquanto, ainda não estou moralmente pronto para isso”, declarou numa conferência de imprensa.

“Se nos derem uma chapada, devemos responder. De outro modo, vão dar-nos sempre chapadas”, frisou.

Putin considera que os Estados Unidos violam os direitos humanos e, por isso, não têm direito a pregar sermões à Rússia.

“Eles estão enterrados até às orelhas numa dada consistência , mas atiram as culpas para cima de nós. Isso é incorreto. A opção não é nossa, nós não provocamos ninguém, provocam-nos”, declarou.

Putin respondeu assim à aprovação pelas autoridades americanas da “Lista de Magnistki”, lei que proíbe a entrada nos Estados Unidos de pessoas envolvidas na morte do advogado russo Serguei Magnitski.

A Duma Estatal (câmara baixa) do Parlamento Russo aprovou uma lista de resposta, que alguns observadores consideram que poderá deteriorar ainda mais as relações entre Moscovo e Washington.

“Repito: estou pronto para analisar se a resposta é adequada ou não. Não estamos interessados na deterioração de relações com quem quer que seja”, concluiu.

Putin não se preocupa com Assad, mas com o que irá depois acontecer na Síria

O Presidente russo Vladimir Putin disse hoje não estar preocupado com o destino do seu homólogo sírio Bashar Assad, mas com o que irá acontecer na Síria de pois da sua queda.

“O que se passa na Líbia? Os conflitos continuam, mataram o embaixador norte-americano. Quer que se repitam os erros na Síria? Não estamos preocupados com o destino de Assad, preocupa-nos o que vai acontecer depois. Não queremos uma luta eterna”, precisou numa conferência de imprensa.

“Essa região não fica próxima, não nos preocupam os nossos interesses, porque aí são poucos. Assad visitou mais vezes Paris do que a Rússia”, acrescentou.

“Defendemos que a Síria não se desintegre e reine a paz aí. Inicialmente, as pessoas devem chegar a acordo sobre a forma como dirigir o país e depois começar a mudar, e não ao contrário. É impossível uma solução militar. O que lá acontecer deve deopender do povo sírio”, frisou.

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