Enviado por luisnassif, qui, 28/02/2013 - 17:53
Do G1
Ataque sofisticado que usou falha no Reader atacou usuários no Brasil
Praga foi batizada de 'MiniDuke' por semelhança ao Duqu. Vítimas foram identificadas em mais 22 países.
A
fabricante de antivírus Kaspersky Lab e o laboratório CrySys divulgaram
nesta quarta-feira (27) relatórios que descrevem mais um ataque
sofisticado e direcionado a alvos específicos usando um vírus até então
desconhecido. O ataque infectou sistemas em 23 países, sendo um deles o
Brasil, mas o nome das organizações atacadas não foi revelado.
O vírus foi batizado de "Miniduke" por semelhanças ao vírus de
espionagem Duqu, também usado em ataques direcionados e sofisticados.
Não há como dizer, porém, se os dois ataques foram realizados pelo mesmo
grupo.
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Exemplo de postagem no Twitter que pode ser lido pela praga para executar comandos nos sistemas infectados (Foto: Reprodução)
A sofisticação do ataque começa na brecha de segurança usada para
infectar os sistemas. Os hackers enviaram documentos PDF preparados
cuidadosamente e, segundo a Kaspersky, com conteúdo altamente relevante
para as vítimas. Quando abertos, os documentos exploravam uma falha dia
zero (sem correção) no Adobe Reader. Essa falha é a mesma que foi identificada pela empresa FireEye na metade de fevereiro.
Depois, o vírus instalado no sistema faz uma verificação para saber
se o computador atende a alguns requisitos. Feito isso, ele instala um
software programado em Assembly - uma linguagem de programação de baixo
nível, com comandos diretos ao processador, o que gera um código rápido e
pequeno. Em apenas 20 KB, a praga consegue se comunicar com um servidor
de controle e baixar códigos e executar comandos remotos no sistema
alvo.
Além de altamente eficiente, o código também inclui funções
destinadas a dificultar a análise do programa malicioso. De acordo com a
Kaspersky, a programação é "old school", ou seja, diferente das pragas
digitais modernas, que chegam a ter vários megabytes de tamanho.
Para encontrar os endereços dos servidores de controle, o código
busca por usuários específicos no Twitter. Lá, tuites deixados pelos
invasores trazem um código, que é decodificado pelo vírus. Caso o
Twitter esteja bloqueado, o vírus é capaz de encontrar o mesmo código em
buscas no Google. Qualquer arquivo baixado pelo vírus tem a extensão
GIF e traz uma imagem válida, com o código adicional escondido.
A Kaspersky Lab conseguiu acesso a um dos servidores de controle,
identificando um total de 59 vítimas espalhadas por 23 países: Bélgica,
Brasil, Bulgária, República Tcheca, Geórgia, Alemanha, Hungria, Irlanda,
Israel, Japão, Letônia, Líbano, Lituânia, Montenegro, Portugal,
Romênia, Rússia, Eslovênia, Espanha, Turquia, Ucrânia, Reino Unido e
Estados Unidos.
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