Plano de energia prevê dobrar importação de gás
Meta do governo é construir 5 refinarias e 5 usinas nucleares, além de expandir setor hidrelétrico
BRASÍLIA. O Brasil precisará fazer um grande esforço de produção e conservação de energia para suprir toda a demanda do setor produtivo e das famílias entre 2007 e 2030. Segundo o Plano Nacional de Energia/2030 - Estratégia para a expansão da oferta, apresentado ontem pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), para atingir esse objetivo o país terá que construir cinco refinarias de petróleo e cinco usinas nucleares, além de expandir o setor hidrelétrico a um ritmo médio de 3.500 megawatts (MW) por ano e importar duas vezes mais gás do que atualmente.
O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, disse que o país tem condições de vencer o desafio. O estudo tomou como base aumento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,1% ao ano - abaixo dos 5% que são o desejo do presidente Lula - e crescimento do consumo de energia de 3,5% até 2030. É o chamado cenário de referência - há outros três, construídos para permitir ajustes no planejamento, que considerou ainda aumento de 53 milhões no número de habitantes.
Tolmasquim informou que a primeira refinaria, com capacidade de 250 mil barris por dia, deverá estar pronta até 2016. Até 2025, entrarão em funcionamento mais duas destinadas à produção de óleo diesel e outra à gasolina, com capacidade de 250 mil barris diários cada uma. A quinta unidade será uma petroquímica, que processará 150 mil barris por dia. O país já tem acertadas, nos planos de curto prazo, duas novas refinarias: no Nordeste e em Itaboraí.
Na área de usinas nucleares, uma das unidades, que já está sendo estudada pelo governo, é Angra 3. A expectativa é de que a obra seja aprovada na próxima reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), em dezembro. Outras duas usinas nucleares estarão localizadas no Sudeste e mais duas, no Nordeste.A capacidade de cada uma deverá ser de mil megawatts (MW).
Com esse reforço, a participação da energia nuclear na matriz energética subirá de 1% para 2% em 2030. A inclusão das usinas indica a retomada do programa nuclear, embora ainda dependa de autorização. Tolmasquim disse que muitas fontes de energia - como a nuclear - não são competitivas por causa do preço alto. Mas, com o passar do tempo, elas disputarão o mercado. Outro exemplo é o gás natural. Já a energia hidrelétrica poderá crescer um pouco, pois os reservatórios serão menores e as usinas vão gerar menos eletricidade.
Nas contas da EPE, o consumo de energia deverá aumentar três vezes até 2030. Com isso, a capacidade da geração das hidrelétricas, sem considerar as pequenas centrais, tem que aumentar em 57.300 MW - o equivalente a mais do que cinco usinas do tamanho de Itaipu. O planejamento do aumento da oferta é escalonado a cada cinco anos.
O período de maior expansão anual será entre 2020 e 2025, de 4.300 MW. O menor, entre 2007 e 2015, de 3.100 MW/ano. Isso significa que deverá entrar em operação por ano uma usina capaz de abastecer uma cidade com oito milhões de habitantes.
A participação das hidrelétricas na oferta de eletricidade, no entanto, cairá de 75% para 70%. Por outro lado, a energia alternativa, como a de pequenas centrais, passará de 1% para 9%. A fatia das termelétricas passará de 16% para 17%. O consumo anual de etanol deve subir de 15 bilhões para 53 bilhões de litros.
Meta do governo é construir 5 refinarias e 5 usinas nucleares, além de expandir setor hidrelétrico
BRASÍLIA. O Brasil precisará fazer um grande esforço de produção e conservação de energia para suprir toda a demanda do setor produtivo e das famílias entre 2007 e 2030. Segundo o Plano Nacional de Energia/2030 - Estratégia para a expansão da oferta, apresentado ontem pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), para atingir esse objetivo o país terá que construir cinco refinarias de petróleo e cinco usinas nucleares, além de expandir o setor hidrelétrico a um ritmo médio de 3.500 megawatts (MW) por ano e importar duas vezes mais gás do que atualmente.
O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, disse que o país tem condições de vencer o desafio. O estudo tomou como base aumento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,1% ao ano - abaixo dos 5% que são o desejo do presidente Lula - e crescimento do consumo de energia de 3,5% até 2030. É o chamado cenário de referência - há outros três, construídos para permitir ajustes no planejamento, que considerou ainda aumento de 53 milhões no número de habitantes.
Tolmasquim informou que a primeira refinaria, com capacidade de 250 mil barris por dia, deverá estar pronta até 2016. Até 2025, entrarão em funcionamento mais duas destinadas à produção de óleo diesel e outra à gasolina, com capacidade de 250 mil barris diários cada uma. A quinta unidade será uma petroquímica, que processará 150 mil barris por dia. O país já tem acertadas, nos planos de curto prazo, duas novas refinarias: no Nordeste e em Itaboraí.
Na área de usinas nucleares, uma das unidades, que já está sendo estudada pelo governo, é Angra 3. A expectativa é de que a obra seja aprovada na próxima reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), em dezembro. Outras duas usinas nucleares estarão localizadas no Sudeste e mais duas, no Nordeste.A capacidade de cada uma deverá ser de mil megawatts (MW).
Com esse reforço, a participação da energia nuclear na matriz energética subirá de 1% para 2% em 2030. A inclusão das usinas indica a retomada do programa nuclear, embora ainda dependa de autorização. Tolmasquim disse que muitas fontes de energia - como a nuclear - não são competitivas por causa do preço alto. Mas, com o passar do tempo, elas disputarão o mercado. Outro exemplo é o gás natural. Já a energia hidrelétrica poderá crescer um pouco, pois os reservatórios serão menores e as usinas vão gerar menos eletricidade.
Nas contas da EPE, o consumo de energia deverá aumentar três vezes até 2030. Com isso, a capacidade da geração das hidrelétricas, sem considerar as pequenas centrais, tem que aumentar em 57.300 MW - o equivalente a mais do que cinco usinas do tamanho de Itaipu. O planejamento do aumento da oferta é escalonado a cada cinco anos.
O período de maior expansão anual será entre 2020 e 2025, de 4.300 MW. O menor, entre 2007 e 2015, de 3.100 MW/ano. Isso significa que deverá entrar em operação por ano uma usina capaz de abastecer uma cidade com oito milhões de habitantes.
A participação das hidrelétricas na oferta de eletricidade, no entanto, cairá de 75% para 70%. Por outro lado, a energia alternativa, como a de pequenas centrais, passará de 1% para 9%. A fatia das termelétricas passará de 16% para 17%. O consumo anual de etanol deve subir de 15 bilhões para 53 bilhões de litros.
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