Após dois anos de negociações e em meio a inúmeros protestos, os governos da Colômbia e dos Estados Unidos firmaram nesta quarta-feira (22/12) o Tratado de Livre Comércio entre os dois países.
O acordo foi assinado em Washington pelo ministro colombiano do Comércio, Jorge Humberto Botero, e pelo vice-representante comercial dos EUA, John Vereneau. Enquanto o TLC era oficializado, em Bogotá milhares de manifestantes ligados a movimentos sociais e sindicatos protestavam contra a política do presidente Alvaro Uribe.
Os manifestantes não pretendem diminuir o ímpeto de seus protestos nos próximos. Apesar de os dois governos se mostrarem amplamente favoráveis ao acordo, os parlamentos dos dois países ainda precisarão ratificá-lo.
Nos Estados Unidos, diversos parlamentares democratas – agora maioria no Congresso – já vieram a público para dizer que o texto do TLC contém erros graves. Alguns falam até mesmo em retomar os processos de discussão, em busca de um consenso.
Na Colômbia, além do Poder Legislativo dar seu aval, o TLC precisará ser ratificado também pelo Poder Judiciário. Devido aos protestos em Bogotá, Uribe estuda enviar o projeto para análise somente nos últimos dias de 2006, período em que, segundo um raciocínio no mínimo questionável, sua aprovação se dará com maior facilidade, sem a pressão da sociedade.
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