Uma equipe do Centro de Defesa Ambiental (CDA) da Petrobras para o Sul fez na tarde de domingo a troca de oito barreiras flutuantes que foram colocadas em toda a extensão do arroio Sapucaia, na divisa das cidades de Canoas e Esteio, na sexta-feira, dia 2, para conter o óleo que vazou da Alberto Pasqualini - Refap/S.A. no dia 1º. A mudança foi necessária, pois as bóias estavam repletas da substância. Também no domingo técnicos da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) fizeram novo sobrevôo no arroio e no Rio dos Sinos, para avaliar a situação dos locais. Nesta segunda, às 14 horas, haverá reunião entre a Refap, Fepam e prefeituras de Canoas e Esteio para tratar sobre o problema. É esperado para esta segunda-feira, ainda, o resultado do exame de amostra de água coletada no arroio. A reportagem é do jornal Vale dos Sinos, 5-11-2007.
Domingo à tarde, o cheiro de óleo ainda podia ser sentido nas margens do arroio Sapucaia, local onde ocorreu o vazamento. A água do arroio já desceu e a correnteza está mais forte, fazendo com que o produto fique menos perceptível. Além disso, as barreiras não estão conseguindo absorver todo o óleo que passa pelo arroio.
O químico do setor de Emergência Ambiental da Fepam, Mauro Gomes de Moura, avisa que os trabalhos manuais de contenção do óleo devem continuar por mais dois dias, mas as barreiras flutuantes permanecerão por algumas semanas. Elas serão mantidas para não permitir que resquícios do óleo cheguem ao Rio dos Sinos, uma das preocupações da Fundação. A respeito do sobrevôo, Moura garante que a "situação no Rio dos Sinos está controlada".
Atento ao acidente, o presidente da Colônia de Pescadores Z-5 Ernesto Alves, Vilmar Coelho, salientou que a entidade vai se manifestar sobre o caso nesta segunda. Ele explica que como o óleo chegou ao Rio dos Sinos, alguns peixes não poderão ser consumidos. "A Refap não pode fugir da responsabilidade. O meio ambiente é de todos. Daqui a pouco não vai ter água para a gente beber. As empresas fazem os acidentes e nada acontece, seria melhor ´fechar´ os rios de vez", desabafa.
A curiosidade levou a família do pintor Adroaldo da Fonseca Souza, 56 anos, de Esteio, a visitar o arroio Sapucaia e verificar o trabalho de contenção do óleo nas águas. "Pelo que vejo, a quantidade de óleo agora é pouca. Li reportagem no jornal e quis saber como estava a situação. Acho que as pessoas têm que se interessar pelo meio ambiente", salientou.
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