Travada pela burocracia oficial há mais de 10 anos, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que determina a expropriação de terras onde for constatada exploração de trabalhadores em condições análogas às de escravidão poderá contribuir para a redução desse tipo de crime no país quando for aprovada. Entretanto, a força dos ruralistas impede que a Emenda se transforme
- A emenda tem valor simbólico, mas deve haver também funcionamento da Justiça - protesta Xavier Plassat, da CPT. Para o ativista, falta uma política pró-ativa para quebrar de uma vez por todas o ciclo da escravidão no Brasil. Para isso, alerta, é preciso que se dê "outras alternativas e opções para o trabalhador sobreviver".
- A principal ação é libertar os trabalhadores, já que trabalho escravo não se erradica facilmente no país - observa Plassat. - Há uma reincidência tanto na prática do trabalho escravo quanto no desmatamento, pois as condições que levaram a ambas condições continuam as mesmas e o ciclo recomeça.
Enquanto o agronegócio dita as regras do desmatamento e do trabalho escravo, a troca de farpas entre os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente aumenta. - Cada ministério joga a culpa em outro, quando deveria haver um acordo. - Tem de ser uma questão de política pública com o compromisso ambiental.
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