"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

quarta-feira, setembro 11, 2013

A ÍNDIA NA ESTRATÉGIA DE PODER DOS ESTADOS UNIDOS PARA A ÁSIA

Conjuntura Austral - 2013

Diego Pautasso
Fernando Scholz
 
Introdução
Desde a independência da Índia (1947), este país tem ocupado lugares distintos na estratégia de poder dos Estados Unidos (EUA) para a Ásia. As oscilações no padrãode relacionamento indo-americano devem-se menos à dinâmica doméstica de cada um desses paísese mais ao contexto internacional e regional de poder. Em outras palavras,
há uma complexa rede de interação (e/ou configuração de forças) em vigor nocontinente asiático, particularmente perceptível após a Segunda Grande Guerra.
Observa-se, além disso, que o conflito geopolítico que tomou forma no continente asiático foi, em grande parte, sustentado pelos EUA e pela estratégia que este país adotou a partir da Guerra Fria.
Na perspectiva dos EUA, a Índia se constituiu desde o período da descolonização como
um país de inserção internacional autonomista. O não-alinhamento nehruviano e o posterior padrão de alinhamento na Ásia, próximo à URSS após o Tratado Indo-Soviético de Amizade em 1971, constitui um elemento de distanciamento dos EUA no quadro da Guerra Fria. O colapso da União Soviética(URSS) e o fim da Guerra Fria representou uma profunda reorganização de forças em escala global, sobretudo na Ásia do Leste e Meridional. É nesse contexto que o presente artigo busca compreender a nuclearização indiana e a posterior aproximação com os EUA.
Dessa forma, para dar conta desse objeto de análise, o artigo foi organizado em três seções. A primeira aborda a inserção internacional da Índia na perspectiva dos Estados Unidos. A segunda seção trata da nuclearização indiana e as respostas emitidas pelos norte-americanos. Por fim, a última seção examina o lugar da Índia na estratégia dos Estados Unidos para a Ásia. 
 
O restante do artigo se encontra em:

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