A América Latina é o segundo maior mercado no mundo para as empresas que oferecem produtos e serviços aos pobres, atrás apenas da Ásia . Porém, representa um mercado de mais fácil acesso, segundo relatório divulgado ontem. A notícia é do portal G1, 20-03-2007.
A Ásia (inclusive Oriente Médio) é o maior mercado mundial para a "base da pirâmide", composta por consumidores com poder de compra de até US$ 3 mil por ano, segundo o relatório conjunto do IFC (braço do Banco Mundial para o setor privado) e do Instituto Mundial de Recursos.
A Ásia tem 2,8 bilhões de pessoas, ou 83% da região, na base da pirâmide de consumo, com uma renda total de US$ 3,47 trilhões, representando 42% da soma de todo o poder de compra da região.
Mas muitos desses consumidores pobres na Ásia não são tão urbanizados quanto os que estão na mesma situação na América Latina.
"A América Latina é muito mais urbana, inclusive no segmento de baixa renda", disse Allen Hammond, vice-presidente do Programa de Empreendimento para Projetos Especiais e Inovação Sustentável, do Instituto Mundial de Recursos, em entrevista por telefone.
"Do ponto de vista empresarial, ter distribuição para as favelas é mais fácil do que distribuir para áreas rurais", afirmou.
A América Latina tem uma base de pirâmide com poder 360 milhões de pessoas (70% do total) e poder de consumo de US$ 509 bilhões por ano (28% do total da região).
O Leste Europeu e a África vêm em seguida nesse ranking, com "bases de pirâmide" com poder de compra anual de US$ 458 e 429 bilhões, respectivamente.
Esses consumidores basicamente trabalham no setor informal e geralmente não têm conta bancária, segundo Hammond. A maioria vive em assentamentos clandestinos, muitas vezes sem acesso a água, luz, saneamento, eletricidade e saúde.
Hammond disse que, embora a maioria das empresas ainda dispute os dólares da classe média, a rápida expansão do celular pré-pago na América Latina mostra que existe um modelo de negócios bem sucedido voltado para os pobres.
"O celular transformou as vidas da base da pirâmide mais do que toda a ajuda ao desenvolvimento colocada junta", afirmou. "Se você trabalha na economia informal, se você pinta casas e limpa casas, como as pessoas vão te contratar se você não tem um celular", argumentou Hammond.
Ele acha que a próxima grande tendência, em lugares como Filipinas e África do Sul, será a migração de serviços financeiros e remessas de divisas para os celulares. "Você será pago pelo telefone. E é muito mais seguro do que ficar carregando dinheiro."
Outras áreas não atendidas pelo setor público, como saúde e educação, também oferecem boas oportunidades para empresas em determinadas regiões -- o que não ocorre no Leste Europeu, por exemplo, que é muito urbanizado.
"Há melhores serviços públicos no Leste Europeu, porque eles foram todos feitos dentro do modelo socialista", afirmou.
Farmácias e clínicas que prosperam em bairros pobres mexicanos no sistema de franquia são um bom exemplo desse fenômeno. "O atendimento à saúde normalmente é uma responsabilidade pública, mas os serviços não estão funcionando. Então as pessoas simplesmente pagam para receber isso."
A Ásia (inclusive Oriente Médio) é o maior mercado mundial para a "base da pirâmide", composta por consumidores com poder de compra de até US$ 3 mil por ano, segundo o relatório conjunto do IFC (braço do Banco Mundial para o setor privado) e do Instituto Mundial de Recursos.
A Ásia tem 2,8 bilhões de pessoas, ou 83% da região, na base da pirâmide de consumo, com uma renda total de US$ 3,47 trilhões, representando 42% da soma de todo o poder de compra da região.
Mas muitos desses consumidores pobres na Ásia não são tão urbanizados quanto os que estão na mesma situação na América Latina.
"A América Latina é muito mais urbana, inclusive no segmento de baixa renda", disse Allen Hammond, vice-presidente do Programa de Empreendimento para Projetos Especiais e Inovação Sustentável, do Instituto Mundial de Recursos, em entrevista por telefone.
"Do ponto de vista empresarial, ter distribuição para as favelas é mais fácil do que distribuir para áreas rurais", afirmou.
A América Latina tem uma base de pirâmide com poder 360 milhões de pessoas (70% do total) e poder de consumo de US$ 509 bilhões por ano (28% do total da região).
O Leste Europeu e a África vêm em seguida nesse ranking, com "bases de pirâmide" com poder de compra anual de US$ 458 e 429 bilhões, respectivamente.
Esses consumidores basicamente trabalham no setor informal e geralmente não têm conta bancária, segundo Hammond. A maioria vive em assentamentos clandestinos, muitas vezes sem acesso a água, luz, saneamento, eletricidade e saúde.
Hammond disse que, embora a maioria das empresas ainda dispute os dólares da classe média, a rápida expansão do celular pré-pago na América Latina mostra que existe um modelo de negócios bem sucedido voltado para os pobres.
"O celular transformou as vidas da base da pirâmide mais do que toda a ajuda ao desenvolvimento colocada junta", afirmou. "Se você trabalha na economia informal, se você pinta casas e limpa casas, como as pessoas vão te contratar se você não tem um celular", argumentou Hammond.
Ele acha que a próxima grande tendência, em lugares como Filipinas e África do Sul, será a migração de serviços financeiros e remessas de divisas para os celulares. "Você será pago pelo telefone. E é muito mais seguro do que ficar carregando dinheiro."
Outras áreas não atendidas pelo setor público, como saúde e educação, também oferecem boas oportunidades para empresas em determinadas regiões -- o que não ocorre no Leste Europeu, por exemplo, que é muito urbanizado.
"Há melhores serviços públicos no Leste Europeu, porque eles foram todos feitos dentro do modelo socialista", afirmou.
Farmácias e clínicas que prosperam em bairros pobres mexicanos no sistema de franquia são um bom exemplo desse fenômeno. "O atendimento à saúde normalmente é uma responsabilidade pública, mas os serviços não estão funcionando. Então as pessoas simplesmente pagam para receber isso."
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