Até recentemente, pouca gente levava a sério a idéia do venezuelano Hugo Chávez de estabelecer um banco de desenvolvimento sul-americano. A notícia é do jornal Financial Times e traduzida pelo jornal Folha de S. Paulo, 23-03-2007.
Mas, com a promessa do ministro das Finanças venezuelano, nesta semana, de que o Banco do Sul proposto por Chávez começará a distribuir empréstimos já no ano que vem, as tradicionais instituições de crédito estão encarando a possibilidade de concorrência.
Oficialmente, os dois potenciais rivais da nova instituição, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), no qual os EUA detêm 30% de participação, e a Corporação Andina de Fomento, de menor porte, receberam bem a notícia, alegando que não faltariam oportunidades para todos.
Mas, a portas fechadas, existem preocupações. Uma pessoa que conhece bem o BID diz que o Banco do Sul, especialmente se o Brasil decidir participar, representaria a maior ameaça ao BID desde a série de moratórias das economias latino-americanas nos anos 80. "Com o dinheiro da Venezuela e a vontade política da Argentina e do Brasil, haveria um banco com reservas substanciais de caixa à disposição e uma abordagem política diferente. Ninguém vai dizer isso em público, mas não gostamos da idéia."
O BID teme que, no pior cenário, possa se ver reduzido a um banco apoiado pelos EUA e por seus dois principais aliados na região, México e Colômbia. Uma questão crucial é se o Brasil vai aderir ao Banco do Sul. Nesta semana, Paulo Bernardo, ministro do Planejamento, disse que "um reforço significativo da Corporação Andina" seria "talvez a melhor alternativa" ao Banco do Sul.
Mas, com a promessa do ministro das Finanças venezuelano, nesta semana, de que o Banco do Sul proposto por Chávez começará a distribuir empréstimos já no ano que vem, as tradicionais instituições de crédito estão encarando a possibilidade de concorrência.
Oficialmente, os dois potenciais rivais da nova instituição, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), no qual os EUA detêm 30% de participação, e a Corporação Andina de Fomento, de menor porte, receberam bem a notícia, alegando que não faltariam oportunidades para todos.
Mas, a portas fechadas, existem preocupações. Uma pessoa que conhece bem o BID diz que o Banco do Sul, especialmente se o Brasil decidir participar, representaria a maior ameaça ao BID desde a série de moratórias das economias latino-americanas nos anos 80. "Com o dinheiro da Venezuela e a vontade política da Argentina e do Brasil, haveria um banco com reservas substanciais de caixa à disposição e uma abordagem política diferente. Ninguém vai dizer isso em público, mas não gostamos da idéia."
O BID teme que, no pior cenário, possa se ver reduzido a um banco apoiado pelos EUA e por seus dois principais aliados na região, México e Colômbia. Uma questão crucial é se o Brasil vai aderir ao Banco do Sul. Nesta semana, Paulo Bernardo, ministro do Planejamento, disse que "um reforço significativo da Corporação Andina" seria "talvez a melhor alternativa" ao Banco do Sul.
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