Relatório sobre o futuro “provável”: tecnologia no poder, cidade nas mãos das gangues, guerras de religião
O cenário é terrível: diretamente no cérebro das pessoas poderão ser implantados micro-chips; novas armas, principalmente químicas, poderão ser usadas simplesmente apertando um botão e não se saberá nem sequer por quem; a classe média tomará o lugar do proletariado marxista e quererá fazer a revolução; a população do Oriente Médio aumentará em 132 por cento, enquanto a queda da fertilidade dizimará a Europa; “grupos de ação”, movidos por gangues criminosas ou por grupos terroristas, estarão prontos para intervir a qualquer momento em todos os cenários; o Islã continuará sua guerra aos “infiéis” e o novo berço será a China. No giro de trinta anos o mundo que conhecemos até agora é destinado a desaparecer e tudo mudará. Nada de fato para melhor. Esta, pelo menos, é a previsão dos analistas do Ministério da Defesa britânico, que analisaram o futuro em favor das forças armadas. Somente para saber para que coisa deveremos preparar-nos. A reportagem é do jornal La Repubblica, 11-04-2007,
É o jornal The Guardian que publica o relatório e anuncia que nos espera um futuro realmente cinzento , diverso do mundo mais próspero e igual que todos desejariam. O almirante Chris Parry, chefe do MoD’s Development, Concept & Doctrine Center, descreve essas mudanças como “baseadas sobre o cálculo das probabilidades”. Em 90 páginas, o relatório explora muitos aspectos do mundo que virá, dividindo-o em dez capítulos, a partir daqueles que já são campo de amplo debate, como a mudança climática e o crescimento econômico de potências como a Índia e a China, a outros menos explorados como a militarização do espaço e o declínio da informação destinada a terminar nas mãos de ”cidadãos-jornalistas” que têm acesso à Internet e que, no entanto, contarão histórias e não mais fatos. O irrefreável progresso da tecnologia não estará a serviço de um mundo melhor, se vale a hipótese que em 2035 um impulso eletromagnético poderá estar em condições de destruir os sistemas informativos de uma área selecionada e novas armas químicas possam atingir órgãos vitais das pessoas sem contaminar os edifícios onde estes se encontram. Os micro-chips implantados diretamente no cérebro tornarão possível a Estados, terroristas ou grupos criminais, terem informações em tempo real e moverem ataques escapando aos controles.
No terreno social, a distância sempre crescente entre os poucos super-ricos e o resto da população, destinada a se tornar sempre mais pobre e a viver em periferias urbanas sempre mais desesperadoras, levará a classe média que tem acesso ao conhecimento e à tecnologia, a lutar para afirmar os próprios interesses e a combater as desigualdades numa espécie de reedição da luta de classe marxista, com a burguesia no lugar do proletariado. As cidades serão, por conseguinte, o teatro de ásperos conflitos: entre classes e entre etnias. A marcha que conduz os pobres do mundo a alcançar os países mais ricos significará que daqui a trinta anos 60 por cento da população mundial, ou seja, oito bilhões e meio de pessoas de diversos países, viverão nas favelas às margens das áreas urbanas. O ressentimento dos jovens dos países muçulmanos os impelirá a um ódio mais forte contra o Ocidente e a um radicalismo ainda mais marcado, enquanto o relatório vê com bons olhos o futuro do Irã: o acesso à globalização transformará o país em “uma vibrante democracia”.
Nesta quinta-feira, no IHU Idéias, o tema é A filosofia e a nanotecnologia, com o professor Ricardo Timm de Souza, professor de Filosofia e Ciências Criminais na PUC- RS. A IHU On-Line desta semana publica uma entrevista com ele que pode ser acessada na página do IHU
É o jornal The Guardian que publica o relatório e anuncia que nos espera um futuro realmente cinzento , diverso do mundo mais próspero e igual que todos desejariam. O almirante Chris Parry, chefe do MoD’s Development, Concept & Doctrine Center, descreve essas mudanças como “baseadas sobre o cálculo das probabilidades”. Em 90 páginas, o relatório explora muitos aspectos do mundo que virá, dividindo-o em dez capítulos, a partir daqueles que já são campo de amplo debate, como a mudança climática e o crescimento econômico de potências como a Índia e a China, a outros menos explorados como a militarização do espaço e o declínio da informação destinada a terminar nas mãos de ”cidadãos-jornalistas” que têm acesso à Internet e que, no entanto, contarão histórias e não mais fatos. O irrefreável progresso da tecnologia não estará a serviço de um mundo melhor, se vale a hipótese que em 2035 um impulso eletromagnético poderá estar em condições de destruir os sistemas informativos de uma área selecionada e novas armas químicas possam atingir órgãos vitais das pessoas sem contaminar os edifícios onde estes se encontram. Os micro-chips implantados diretamente no cérebro tornarão possível a Estados, terroristas ou grupos criminais, terem informações em tempo real e moverem ataques escapando aos controles.
No terreno social, a distância sempre crescente entre os poucos super-ricos e o resto da população, destinada a se tornar sempre mais pobre e a viver em periferias urbanas sempre mais desesperadoras, levará a classe média que tem acesso ao conhecimento e à tecnologia, a lutar para afirmar os próprios interesses e a combater as desigualdades numa espécie de reedição da luta de classe marxista, com a burguesia no lugar do proletariado. As cidades serão, por conseguinte, o teatro de ásperos conflitos: entre classes e entre etnias. A marcha que conduz os pobres do mundo a alcançar os países mais ricos significará que daqui a trinta anos 60 por cento da população mundial, ou seja, oito bilhões e meio de pessoas de diversos países, viverão nas favelas às margens das áreas urbanas. O ressentimento dos jovens dos países muçulmanos os impelirá a um ódio mais forte contra o Ocidente e a um radicalismo ainda mais marcado, enquanto o relatório vê com bons olhos o futuro do Irã: o acesso à globalização transformará o país em “uma vibrante democracia”.
Nesta quinta-feira, no IHU Idéias, o tema é A filosofia e a nanotecnologia, com o professor Ricardo Timm de Souza, professor de Filosofia e Ciências Criminais na PUC- RS. A IHU On-Line desta semana publica uma entrevista com ele que pode ser acessada na página do IHU
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