Políbio Braga, jornalista gaúcho que sistematicamente ataca o MST e defende com ardor as grandes empresas multinacionais diretamente interessadas na transformação da Metade Sul do Rio Grande do Sul numa imensa floresta de eucaliptos, denuncia, em artigo distribuído por sua página eletrônica Polibio Braga on-line, 13-04-2007,uma conspiração anti-florestal no RS liderada pela Fepam. O Jornal do Comércio, 13-04-2007, notícia que a Fepam liberará os plantios. Veja a notícia nesta página.
Políbio Braga escreve:
"Vai ser um espetáculo selvagem, mas que demonstrará cruamente o grau de insensatez a que chegou o RS, por não reagir como deve aos movimentos das legiões do atraso, que teimam mergulhar o Estado na escuridão da mais torpe pobreza: 3 milhões de mudas de eucaliptos vão arder num incêndio de enormes proporções no maior viveiro gaúcho, instalado em Barra do Ribeiro, simplesmente porque a Fepam não autoriza as empresas a plantarem as florestas programadas dentro dos seus planos de investimentos de US$ 4,5 bilhões (três Fords).
As mudas valem R$ 1,23 milhão, calculando-se R$ 0,40 cada pé. Vão arder, porque passou o tempo de “validade” e os viveiros terão que abrir espaço para as mudas que vêm atrás.
Pelo menos 400 das 900 famílias que vivem da renda proporcionada pelo trabalho dos viveiros de Barra do Ribeiro, serão demitidos.
É só o começo.
Gente que o simples início dos serviços de plantio de florestas já empregou e melhorou de vida, perderá tudo. Só para dar uma idéia: em Rosário do Sul, a Unimed tinha 70 associados e agora tem 500. Não é só. Por toda a Metade Sul, milhares de pequenos empreendedores e trabalhadores conseguiram emprego, trabalho e renda.
Por trás da decisão da Tecnoplanta, estão a VCP (Votorantim Celulose e Papel), Aracruz, StoraEnso e mais 170 clientes, impedidas de ir adiante com seus mega-investimentos de US$ 4,5 bilhões no RS.
A VCP já avisou a esta página que não botará mais a tempo os US$ 1,2 bilhão (uma Ford) programada para a Metade Sul, a região mais pobre do RS. Ela decidiu redirecionar seus melhores técnicos e recursos para o Mato Grosso, onde encontrou pela frente um tapete vermelho de boas vindas.
Apenas a mega-fábrica de celulose que a VCP poderá cancelar (já adiou por um ano o projeto) deixará de injetar US$ 500 milhões na economia estadual num único ano.
Para quem precisa gerar postos de trabalho, renda e impostos, trata-se de um desastre três vezes maior do que o da perda da Ford.
Stora Enso (Finlândia) e Aracruz, como a VCP, não entendem o que ocorre. “Nos chamaram e agora nos dão o pé na bunda !”, queixou-se para o editor desta página um executivo da Stora Enso.
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