Metalúrgicos paralisaram nesta terça-feira (13) dez fábricas em Canoas, na região metropolitana, para pressionar que os empresários melhorem a oferta de reajuste salarial. Os trabalhadores reivindicam um aumento de 12%, mas o sindicato das empresas de Canoas ofereceu apenas 7,4%. Também querem que o piso salarial, hoje em torno dos R$ 500,00, passe para R$ 674. A reportagem é de Raquel Casiraghi e publicada pela Agência de Notícias Chasque, 18-06-2008.
No entanto, a pauta da negociação deste ano vai além das questões salariais. A saúde do trabalhador, a redução da jornada de trabalho de 44h para 40h e o fim do cerceamento aos sindicatos estão entre as principais reivindicações da categoria. O presidente da Federação dos Metalúrgicos, Milton Viário, explica que se tornou comum as fábricas impedirem a entrada dos sindicatos nos intervalos a fim de organizar e dialogar com os trabalhadores.
“Cada vez vem piorando mais a relação de trabalho entre trabalhadores e empresários. O ambiente de trabalho vem cada vez mais sendo cercado, fechado para manifestação dos trabalhadores. E nós consideramos que a propriedade é privada, mas o local de trabalho é público. Portanto, nós precisamos construir uma relação com os trabalhadores em um processe democrático”, diz.
Em Canoas, cada fábrica ficou paralisada por 40 minutos. Participaram da mobilização os trabalhadores da fábrica de motores MWM, da fábrica de tratores AGCO, que abastece a Massey Ferguson, e a Areva, fabricante de transformadores. Nesta quarta-feira, paralisações devem ocorrer em Passo Fundo e Panambi, no Norte do Estado, e em Venâncio Aires, no Vale do Rio Pardo. Na quinta-feira, é a vez das fábricas de Sapiranga e de Caxias do Sul, na Serra.
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