Instituto Humanitas Unisinos - 22 out 10
Os países desenvolvidos e em desenvolvimento reunidos na cidade Nagoya, no Japão, para a 10ª Conferência das Partes (COP-10) da Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica (CDB), têm até essa sexta-feira para fechar um acordo sobre repartição dos benefícios derivados do acesso a recursos genéticos. Os países ricos continuam se recusando a um acordo que impõe custos pelo uso da biodiversidade.
A reportagem é do sítio Sociedade Sustentável, 20-10-2010.
Mais de 190 nações buscam estabelecer novas metas para frear a perda de biodiversidade, estabelecer mecanismos e fundos para financiar as ações. Os países em desenvolvimento querem garantias de que nações como o Brasil, detentor de grande parte da biodiversidade mundial, ganhem com o desenvolvimento de novos produtos - farmacêuticos, cosméticos, entre outros - a partir da sua variada flora e fauna. Os desenvolvidos não querem ter esse custo. Argumentam que a biodiversidade só se transforma em capital depois que suas empresas fazem forte investimento em pesquisas.
O chefe da delegação brasileira, ministro Paulino Franco de Carvalho Neto, diz que os negociadores ainda estão distante de definir se o protocolo sobre regulamentação do acesso e repartição dos benefícios da biodiversidade (ABS, na sigla em inglês) vai tratar de recursos genéticos ou de recursos biológicos.
Estudo do WWF indica o desaparecimento de 30% da biodiversidade do planeta. Nos países tropicais a perda de fauna e flora originais chega a 60%. Dono de pelo menos 15% da biodiversidade do planeta, o Brasil pode ser um dos protagonistas da reunião.
No Fórum de Cooperação Sul-Sul da COP-10, que trata da biodiversidade para o desenvolvimento, o Grupo dos 77 e a China aprovaram, por unanimidade, um projeto de Plano Plurianual de Ação sobre o tema. "O plano define metas e estratégias de cooperação Sul-Sul, incluindo a cooperação triangular e programas para o ano de 2020", diz o presidente do G-77, Abdullah Alsaidi, representante permanente do Iêmen na ONU.
"Ele reflete a necessidade de incluir a perda de biodiversidade em outros acordos Sul-Sul e, conseqüentemente, serve como apelo por um maior intercâmbio de conhecimento e tecnologia entre os Estados-membros", afirma Alsaidi.
"A aprovação do plano é um marco para o êxito da COP-10", explica o secretário-executivo da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), Ahmed Djoghlaf. Representantes do Brasil, Granada e Malauí destacam a importância da união de todas as 131 partes do grupo para o sucesso global da conferência, particularmente em questões-chave, como a adoção do regime internacional sobre acesso e repartição de benefícios e o Plano Estratégico 2011-2020, além de mecanismos de financiamento para apoiar a sua implementação.
"A aprovação do plano é um marco para o êxito da COP-10", explica o secretário-executivo da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), Ahmed Djoghlaf. Representantes do Brasil, Granada e Malauí destacam a importância da união de todas as 131 partes do grupo para o sucesso global da conferência, particularmente em questões-chave, como a adoção do regime internacional sobre acesso e repartição de benefícios e o Plano Estratégico 2011-2020, além de mecanismos de financiamento para apoiar a sua implementação.
O grande objetivo do mundo desenvolvido é continuar mandando "ONG's" para a Amazônia (entre outros locais no Brasil e no mundo) com o intuito "apenas" de fazer pesquisa e ajudar o indios.
Poderíamos reagir e falar que não pagaremos mais direito autoral. Seria uma maravilha em termos de acesso à saude pela quebra das patentes farmacêuticas, entre outras vantagens.
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