O mercado de consumo de luxo fatura mais de US$ 400 bilhões por ano no mundo. No Brasil, são US$ 3,9 bilhões, sendo São Paulo responsável por 72% dessa fatia. Segundo pesquisa da MCF Consultoria, esse mercado atinge 2,5% da população brasileira. Apesar do baixo índice, esses consumidores colocam o Brasil entre os dez maiores mercados de consumo de luxo do mundo. A reportagem é de Karen Camacho e publicada no jornal Folha de S. Paulo, 31-07-2007.
"O consumo ainda se encontra muito concentrado na região Sudeste, com foco na cidade e no Estado de São Paulo, variações no mercado do Rio e tradicionalmente um consumo tímido no Sul", diz Carlos Ferreirinha, ex-presidente da Louis Vuitton e diretor da MCF Consultoria, acrescentando crer na expansão da atividade nas regiões Norte e Nordeste.
Na América, o Brasil está em segundo no consumo de luxo, atrás apenas dos EUA. Depois de São Paulo, figuram no ranking desse tipo de consumo: Rio, Porto Alegre, Distrito Federal, Curitiba, Belo Horizonte, Recife e Florianópolis.
O crescimento anual do mercado de luxo no país foi de 17% em 2006 em relação a 2005 e, neste ano, deve ficar em torno de 10%, estima a MCF, alcançando faturamento de R$ 4,4 bilhões. Até 2005, os números eram estimados, e só em 2006 houve um estudo detalhado.
Segundo Ferreirinha, "o Brasil tem demonstrado crescimento vigoroso no consumo de bens e serviços e é um dos mais interessantes novos mercados no mundo, embora não seja uma economia como a russa, a chinesa ou a indiana".
Ainda segundo a consultoria, a estimativa é que, em 2010, o público consumidor de artigos de luxo desembolse algo em torno de US$ 1 trilhão ao ano em mercadorias de alto valor agregado no mundo. A expansão anual na venda desses produtos deve ficar em torno de 15% nos próximos anos, segundo informações da consultoria internacional Boston Consulting Group (BCG) obtidas com empresas que atendem esse público em 23 categorias.
Classe média
"A classe média tem sido muito importante para o consumo desse segmento no mundo. No Brasil, no entanto, essa fatia da economia não tem conseguido exercer esse papel. Assim, o perfil da clientela brasileira ainda é muito focado no poder aquisitivo mais alto e imediato para consumo", disse Ferreirinha.
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