Co-diretor do Laboratório Econômico Mundial, o economista espanhol Ricardo Caballero, do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), causou polêmica ontem ao defender que os emergentes parem de acumular reservas internacionais gigantes e passem a adotar mecanismos de mercado, como investimento que funcione como seguro, para defenderem suas economias. A notícia é do jornal Folha de S. Paulo, 24-08-2007.
Para Caballero, países como o Brasil (que tem US$ 160 bilhões) deveriam usar as reservas internacionais para fazer investimentos que alavanquem a capacidade de crescimento da economia, como em projetos de infra-estrutura. "Por que acumular reservas, que têm custo alto, e não fazer um porto?"
Como exemplo, o economista afirmou que os países emergentes poderiam investir em contratos do índice VIX, da Bolsa de Opções de Chicago, que mede a volatilidade do índice Standard & Poor's 500, termômetro da Bolsa de Nova York.
Já para Luiz Carlos Mendonça de Barros, economista-chefe da Quest Investimentos, ex-presidente do BNDES e ex-ministro das Comunicações (governo FHC), mesmo num cenário "mais perverso, não espere uma crise grave como vivemos no passado. Os US$ 160 bilhões de reservas serão um eficiente guarda-costas para todos nós". A opinião está expressa em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, 24-08-2007.
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