Militantes somalis ajudaram Hezbollah
Relatório da ONU indica que radicais foram enviados para lutar no Líbano
NOVA YORK. Mais de 700 integrantes de grupos radicais islâmicos da Somália viajaram para o Líbano em julho para lutar ao lado do Hezbollah na guerra contra Israel. Segundo um relatório da ONU, a milícia no Líbano retribuiu o favor oferecendo treinamento e - através de seus patronos Irã e Síria - armas para a aliança muçulmana que luta para controlar a Somália.
O relatório parece ser a primeira indicação de que guerreiros estrangeiros auxiliaram o Hezbollah nos 34 dias do conflito, período durante o qual Israel manteve um forte bloqueio ao Líbano. O relatório também diz que o Irã tentou trocar armas por urãnio da Somália, apesar de não saber se o país conseguiu fechar o negócio.
O relato de 86 páginas foi escrito por quatro especialistas que monitoram violações a um embargo ao comércio de armas à Somália iniciado em 1992.
Os especialistas têm acesso às informações dos serviços de espionagem dos 15 países do Conselho de Segurança. Qualquer envolvimento de somalis seria surpreendente, pois a eficácia do Hezbollah é atribuída à sua familiaridade com a região.
O relatório afirma que, em meados de julho, Aden Hashi Farah, um dos líderes da aliança islâmica somali, selecionou pessoalmente 720 guerreiros para lutar ao lado do Hezbollah no Líbano. Pelo menos cem já tinham retornado em setembro, enquanto outros ficaram no Líbano para treinamento avançado. Não está claro quantos foram mortos, apesar de o relatório dizer que alguns estavam feridos e foram medicados na Somália. Além de treinar alguns somalis, o Hezbollah "negociou apoio adicional" do Irã e da Síria, inclusive com armas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário