darussia.blogspot.com - Quarta-feira, Abril 07, 2010
O primeiro ministro russo, Vladimir Putin declarou ser impossível justificar de qualquer forma os crimes do regime estalinista, que governou a União Soviética entre 1924 e 1953.
“Esses crimes não podem ter qualquer justificação, no nosso país foi feita uma avaliação política, jurídica e moral clara das maldades do regime totalitário, e essa avaliação jamais será revista”, declarou Putin numa cerimónia fúnebre em Katyn, em que participou também o seu homólogo polaco, Donald Tusk.
Por outro lado, Vladimir Putin defende que não se pode culpar os povos da Rússia pelos acontecimentos de Katyn, onde foram assassinados pela polícia política soviética NKVD mais de vinte mil polacos.
“Através de uma mentira cínica tentou-se, durante décadas, esconder a verdade sobre os fusilamentos de Katyn, mas também é uma mentira semelhante e uma falsidade atirar as culpas para cima dos povos da Rússia”, frisou.
O dirigente russo declarou também que a Rússia e a Polónia deixem de ajustar contas e estudar em conjunto os acontecimentos trágicos da história”.
“É precisamente a via conjunta de estudo da memória nacional e das feridas históricas que consegue ajudar-nos a evitar incompreensões sem saída e ajustes de contas eternos, interpretações primitivas da divisão dos povos em justos e culpados, como tentam fazer, por vezes, politiqueiros sujos”, acrescentou.
Putin defendeu que os povos russo e polaco devem ir ao encontro um do outro, recordar-se de tudo, mas compreender que “é impossível viver apenas do passado”.
Em Abril de 1940, agentes da polícia política soviética NKVD assassinaram, na localidade de Katyn, mais de quatro mil prisioneiros de guerra polacos: oficiais, funcionários públicos e polícias. Nesse mês e no seguinte, foram assassinados mais de vinte mil polacos.
A Alemanha nazi, depois de ocupar esse território soviético durante a segunda guerra mundial (1939-1945), tornou pública a autoria soviética do massacre. Segundo documentos publicados em 2009 pelo Serviço de Espionagem Externa da Rússia, os alemães fizeram chegar a documentação aos polacos sobre o crime de Katyn em Lisboa.
No entanto, a União Soviética negou sempre essa versão até 1990, ano em que Mikhail Gorbatchov , Presidente da URSS, reconheceu a existência de documentos que implicavam Estaline e outros dirigentes soviéticos nessa matança.
P.S. Grande acção de coragem da parte de Vladimir Putin, que pode contribuir para a aproximação entre a Rússia e a Polónia.
Afora todos os crimes internos que Stálin perpetrou contra o próprio povo russo.
Afora todos os crimes internos que Stálin perpetrou contra o próprio povo russo.
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