"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

quarta-feira, abril 07, 2010

Curtas

Política Externa
Em andante mosso da Carta desta semana há uma pequena nota intitulada Quinta-coluna (Política Externa), em que é comentado as tentativas do PSDB em paralisar a linha de ação da política externa brasileira.
Nada mais esperado do que isso. O alinhamento entre Brasil e EUA foi refeito com grande maestria por Fernando Henrique Cardoso. Lula ao buscar novos acordos e relações comerciais fora do interesse americano mexeu com grandes interesses políticos e econômicos. É claro que a turma do PSDB iria fazer barulho sobre as questões externas. E essa da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional ficar ridiculamente batendo na tecla das relações Brasil-Irã chega a ser uma idiotice. Até parece que outros governos (como a Arábia Saudita) não estão bem longe da democracia, e são mantidos no poder com muito apoio americano.
Então é isso? Devemos não ter opinião própria e só apoiar ou negociar com quem interessa aos EUA?

Veja
Não sei qual a edição (estava em uma clinica e era o que tinha para ler), mas vi uma matéria que comentava a surpresa do autor em relação à homenagem que receberia Ernesto Geisel por parte do Governo Lula com o batismo de uma usina nuclear com o seu nome.
Fazendo um gancho entre esta e o comentário anterior. Só quem não conhece história do Brasil não percebe que existem paralelismos entre o Governo Lula e o de Geisel.
Citando os dois que considero principais: ambos buscaram novos acordos internacionais, desalinhando nossa política externa da americana, e, também buscaram investir em infraestrutura para permitir o crescimento contínuo do país.
Nada mais natural então essa homenagem. Por sinal, não esperem (a esquerda) que Dilma sendo eleita (se Deus quiser) vá incomodar os militares ou vão ter uma grande decepção como a que tiveram com Lula em relação a esse assunto.

Rio de Janeiro
Podemos perceber nesses últimos dois dias o que o Governo do Rio de Janeiro tem feito para melhorar a qualidade de vida da sua população através do uso dos royalties do petróleo.
Não poder controlar condições atmosféricas adversas é uma coisa. Problemas acontecem até nos países ricos. Mas, não ter a menor infraestrutura para suportar tais problemas e esse fato causar o número de mortes, feridos e desabrigados já é um pouco demais.
Para onde foram os bilhões dos royalties? Escoaram pelos esgotos com as águas das chuvas? E querem mais? Pra quê?

Editorial do Mino Carta
Mino fez um editorial abordando a situação de Cesare Battisti em relação à nossa resistência. Não vou mais uma vez discorrer sobre essa ideia de dois pesos e duas medida em relação a atos terroristas. Mas, sim sobre um comentário no editorial sobre o diálogo com certo político petista de projeção nacional que o Mino teve.
Como não foi explicitado o nome do referido político e Mino afirma que o admira a mais de 30 anos, creio estar falando de Olivio Dutra.
Poucos petistas merecem realmente ser admirados como Olivio Dutra. Nunca ouvi falar de envolvimento deste político com desvio de verba, com corrupção, ou qualquer tipo de maracutaia.
Se for o caso, também declaro aqui minha admiração por Olivio Dutra, que considero estar no partido errado (o PT não é um partido à altura desse político).
E minha admiração não decorre do passado militar de Olivio (só o fiquei conhecendo a quatro anos aproximadamente) e sim pela sua retidão. Retidão por sinal que se revela até mesmo quando fala de seu agradecimento ao exército brasileiro, pela continuidade de sua formação ética que consolidou os valores familiares aprendidos, que o estimularam a se tornar a pessoa que hoje é.
Vi em uma video revista do exército (42) a homenagem que Olivio Dutra recebeu em seu antigo quartel o 4º RCB em São Luis Gonzaga. Em seu discurso Olivio afirmou o grande valor que teve a disciplina militar na sua vida, tanto privada, quanto pública.

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