"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

quarta-feira, agosto 21, 2013

O PIRATA-MOR. BIONDI, UBALDO E MILLÔR

conversa afiada - Publicado em 20/08/2013


“FHC vendeu as jóias e aumentou a dívida da família”- Delfim Netto

No dia 6 de maio de 1997, o Farol de Alexandria, com o apoio vigilante do Padim Pade Cerra, vendeu a Companhia Vale do Rio Doce, por US 3,3 bilhões, financiados.

Dez anos depois, o valor de mercado da Vale era de US$ 160 bilhões – 60 vezes mais.

Dentro, tinha maior província mineral do mundo, descoberta por geólogos brasileiros, Carajás.

Mario Covas “vendeu” a Cosipa por R$ 300 milhões e absorveu as dívidas da empresa.

O tucano – ex-brizolista – Marcelo Alencar vendeu o Banerj por R$ 330 milhões depois de levantar  um empréstimo de R$ 3,3 bilhões – dez vezes mais !!! – para demitir funcionários e limpar as dividas do banco.

Cerra vendeu a Light e seus bueiros.

Reichstuhl criou a Petrobrax e, sob sua jestão, houve 62 acidentes graves na empresa, inclusive o afundamento da plataforma P-36 – o que contribuiu para difundir a imagem de uma empresa afundada, que precisava ser salva pela Chevron, como prefere o Cerra, no WikiLeaks.

(A Petrobrax ia ser fatiada em 40 pedaços, para ficar mais fácil vender. 

Como vai fazer agora, no México, com a PEMEX, o presidente do PRI, o Peña Nieto.

O México, como se sabe, incorporou-se definitivamente ao gigante do Norte.

Que é o que o FHC e o Celso Lafer, o dos sapatos, iam fazer com a ALCA, na “diplomacia da dependência”.)

FHC isentou as empresas que forneciam à Petrobras de imposto de importação e quebrou 5 mil fornecedoras.

A Dilma e a Graça Forster, no Governo do Nunca Dantes, recriaram a política do “conteúdo nacional”, que, agora, exige 65% de produto nacional – e portanto, emprego de brasileiros – para poder vender à Petrobras.

Navalha
Essas reflexões surgiram ao ansioso blogueiro ao repassar informações do livro “Brasil Privatizado”, de Aloysio Biondi.
O Amaury Ribeiro Júnior, que vendeu quase 150 mil exemplares da Privataria do clã do Cerra, valeu-se do “Brasil Privatizado” para iniciar os trabalhos de prospecção familiar.
Ocorreu ao ansioso blogueiro que trechos do livro do Biondi fossem lidos na posse de Fernando Henrique Cardoso, na cadeira P-36 da Academia Brasileira das Letras (porque se fosse dos números ali ele não entrava).
Ocorreu ao ansioso blogueiro que o discurso de saudação ao privateiro-mór fosse de autoria de João Ubaldo Ribeiro, que o tem em altíssima conta –http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2013/03/26/ubaldo-fhc-e-a-academia-voce-e-um-mediocre/
Outro que poderia saudar o Farol seria Millôr Fernandes, se não tivesse partido.
Ele fez análise minuciosa da dependência, escrito no “exílio” no Chile e, assim, Millôr pronunciou-se:
Sobre Dependência e Desenvolvimento na América Latina, de Fernando Henrique Cardoso:
“(…) De uma coisa ninguém podia me acusar – de ter perdido meu tempo lendo FhC (superlativo de PhD). Achava meu tempo melhor aproveitado lendo o Almanaque da Saúde da Mulher. Mas quando o homem se tornou vosso Presidente, achei que devia ler o Mein Kampf (Minha Luta, em tradução literal) dele, quando lutava bravamente, no Chile, em sua Mercedes (‘A mais linda Mercedes azul que vi na minha vida’, segundo o companheiro Weffort, na tevê, quando ainda não sabia que ia ser Ministro), e nós ficávamos aqui, numa boa, papeando descontraidamente com a amável rapaziada do Dops-Doi-Codi. (…)”
Por falar na amável rapaziada do DOI-CODI, como é que o Cerra saiu do Estádio Nacional do Chile do Pinochet e apareceu em Cornell, nos Estados Unidos, onde foi lecionar (segundo ele …) Economia ?
O Amaury não esclareceu esse enigma.
Em tempo: esse Bessinha …

Paulo Henrique Amorim

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