Para facilitar o escoamento da produção da nova fábrica que será instalada no Estado, a Aracruz estuda a implantação de um terminal portuário em São José do Norte. O presidente da empresa, Carlos Aguiar, salienta que a questão ainda está sendo avaliada, mas a estimativa é de que seja necessário investimento de cerca de US$ 80 milhões. A notícia é do Jornal do Comércio, 6-07-2007.
A Aracruz também realizará uma parceria com a Votorantim Celulose e Papel (VCP) para instalar um terminal de produtos florestais no município do Rio Grande. Como Rio Grande já conta com infra-estrutura portuária desenvolvida, o investimento para o projeto é menor e estimado pela Superintendência do Porto do Rio Grande (Suprg) em US$ 36,84 milhões. A iniciativa deve ter também a participação da Stora Enso.
A idéia da Aracruz é de que o complexo de São José do Norte receba a produção da empresa transportada por barcaças pela hidrovia e Rio Grande concentre o material deslocado por caminhões. A companhia estuda ainda a realização de outros projetos de terminais hidroviários em Rio Pardo, Cachoeira do Sul e Guaíba. As estruturas de Rio Pardo e de Cachoeira do Sul seriam utilizadas para o transporte de madeira para a fábrica da Aracruz localizada em Guaíba. O terminal a ser instalado em Guaíba seria usado para receber a madeira e escoar a celulose para Rio Grande.
Até novembro, a Aracruz deve decidir sobre os empreendimentos. A empresa avalia quais são as melhores opções, mas o que está determinado é que a hidrovia terá um papel importante para a logística da Aracruz. Hoje, toda a madeira da Aracruz é transportada por rodovias e a celulose, por barcaças. No futuro, a perspectiva é de que 50% do volume de madeira sejam movimentados por hidrovia.
A produção da Aracruz em Guaíba é de cerca de 450 mil toneladas de celulose ao ano e saltará para 1,75 milhão de toneladas com a nova unidade que será implementada no município. Se não houver problemas com o licenciamento ambiental e com os estudos de logística, a expectativa é de que, no início de 2010, a nova planta comece a operar. O investimento é de US$ 1,5 bilhão.
Quanto ao Zoneamento Ambiental da Silvicultura, que indicará as possíveis áreas para o plantio de florestas no Estado, Aguiar acredita que o processo esteja seguindo uma direção racional. "A sustentabilidade tem que levar em conta o meio ambiente e o homem, que para se desenvolver precisa da economia", afirma o empresário, que participou, nesta quinta-feira, do IV Agrimark Brasil, realizado no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre. Aguiar diz que o processo de licenciamento ambiental tem andado em um ritmo normal.
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