Turbulências tiram do país capital externo especulativo
A maior parte do capital especulativo já deixou o país, na avaliação do governo federal. Mas ainda há US$ 41 bilhões em recursos de investidores estrangeiros aplicados em ações e títulos públicos que continuarão a alimentar as turbulências no mercado financeiro. A reportagem é de Alex Ribeiro e Cristiano Romero e publicada pelo jornal Valor, 17-08-2007.
Desde maio, após os primeiros sinais de problemas nos mercados, os investidores estrangeiros já vinham desmontando posições no Brasil. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), a posição dos investidores internacionais em dólar caiu de US$ 17,826 bilhões para US$ 1,328 bilhões, de maio a agosto.
Os bancos também fizeram uma redução drástica nas captações de curtíssimo prazo, que estavam financiando operações de arbitragem entre as altas taxas de juros domésticas e no exterior. A posição vendida dos bancos em câmbio passou de US$ 15,790 bilhões para US$ 2,740 bilhões entre maio e julho. A legislação mais dura imposta em junho pelo Banco Central, restringindo o risco, reduziu a preocupante especulação de algumas instituições financeiras no mercado.
Estrangeiros também aplicaram fortemente em títulos públicos. O fluxo líquido de investimentos, de fevereiro de 2006 até agora, é de US$ 23,554 bilhões, sobretudo em papéis de longo prazo. Esse capital pode sair. O governo conta, porém, com pressões apenas localizadas nesse segmento. O mercado secundário continua pouco líquido, mas o perfil dos investidores mudou. A isenção do Imposto de Renda atraiu investidores institucionais estrangeiros, interessados em aplicações de prazos mais longos. Os investidores nacionais, por sua vez, passaram a comprar com mais apetite. A volatilidade desses papéis tem sido bem mais baixa do que foi em 2006.
Para o governo, o cenário mais provável, com 70% de chances, é um longo período de instabilidade, com subidas e descidas no mercado, mas sem conseqüências permanentes para a economia.
A volatilidade imperou ontem nos mercados. O dólar chegou a subir 4,93% frente ao real e terminou o dia com ganho de 3,15%, em R$ 2,0940. Depois de cair quase 9%, a Bolsa de Valores de São Paulo recuperou-se e fechou em baixa de 2,58%. A Bovespa seguiu a Bolsa de Nova York, que caiu quase 2% no início da tarde mas terminou com perda de 0,12%.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, 17-08-2007, a puxada do câmbio vem sendo alimentada pela forte saída de capitais estrangeiros dos mercados de renda variável e renda fixa. Em contrapartida, o fluxo de investimentos estrangeiros diretos para o País não foi interrompido pela crise internacional. 'Esta modalidade de investimento é toda estruturada tendo com horizonte prazos sempre mais longos. Eles não são muito afetados por flutuações diárias do mercado', disse a fonte.
Outro amortecedor da crise tem sido o comportamento dos exportadores. 'Com o câmbio em alta, os exportadores estão procurando antecipar a entrada de seus dólares no País para ter algum ganho com a desvalorização do real', comentou um analista de mercado. Em apenas oito dias de agosto, essas contratações chegaram aos US$ 6,066 bilhões, uma média diária de US$ 758,2 milhões.
Desde maio, após os primeiros sinais de problemas nos mercados, os investidores estrangeiros já vinham desmontando posições no Brasil. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), a posição dos investidores internacionais em dólar caiu de US$ 17,826 bilhões para US$ 1,328 bilhões, de maio a agosto.
Os bancos também fizeram uma redução drástica nas captações de curtíssimo prazo, que estavam financiando operações de arbitragem entre as altas taxas de juros domésticas e no exterior. A posição vendida dos bancos em câmbio passou de US$ 15,790 bilhões para US$ 2,740 bilhões entre maio e julho. A legislação mais dura imposta em junho pelo Banco Central, restringindo o risco, reduziu a preocupante especulação de algumas instituições financeiras no mercado.
Estrangeiros também aplicaram fortemente em títulos públicos. O fluxo líquido de investimentos, de fevereiro de 2006 até agora, é de US$ 23,554 bilhões, sobretudo em papéis de longo prazo. Esse capital pode sair. O governo conta, porém, com pressões apenas localizadas nesse segmento. O mercado secundário continua pouco líquido, mas o perfil dos investidores mudou. A isenção do Imposto de Renda atraiu investidores institucionais estrangeiros, interessados em aplicações de prazos mais longos. Os investidores nacionais, por sua vez, passaram a comprar com mais apetite. A volatilidade desses papéis tem sido bem mais baixa do que foi em 2006.
Para o governo, o cenário mais provável, com 70% de chances, é um longo período de instabilidade, com subidas e descidas no mercado, mas sem conseqüências permanentes para a economia.
A volatilidade imperou ontem nos mercados. O dólar chegou a subir 4,93% frente ao real e terminou o dia com ganho de 3,15%, em R$ 2,0940. Depois de cair quase 9%, a Bolsa de Valores de São Paulo recuperou-se e fechou em baixa de 2,58%. A Bovespa seguiu a Bolsa de Nova York, que caiu quase 2% no início da tarde mas terminou com perda de 0,12%.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, 17-08-2007, a puxada do câmbio vem sendo alimentada pela forte saída de capitais estrangeiros dos mercados de renda variável e renda fixa. Em contrapartida, o fluxo de investimentos estrangeiros diretos para o País não foi interrompido pela crise internacional. 'Esta modalidade de investimento é toda estruturada tendo com horizonte prazos sempre mais longos. Eles não são muito afetados por flutuações diárias do mercado', disse a fonte.
Outro amortecedor da crise tem sido o comportamento dos exportadores. 'Com o câmbio em alta, os exportadores estão procurando antecipar a entrada de seus dólares no País para ter algum ganho com a desvalorização do real', comentou um analista de mercado. Em apenas oito dias de agosto, essas contratações chegaram aos US$ 6,066 bilhões, uma média diária de US$ 758,2 milhões.
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