A China é o alvo dos EUA
Uma análise sobre o orçamento militar dos EUA para 2009 indica que suas prioridades têm muito pouco a ver com a “guerra contra o terror”
Conhecido pela profundidade de suas análises o thinktank norte-americano Foreign Policy in Focus (FPIF) [Política Externa em Foco] acaba de publicar uma análise sobre o orçamento militar proposto pela Casa Branca para o ano fiscal de 2009. O texto, redigido por Um artigo de Michael Kare, revela que a preocupação principal é manter superioridade sobre a China — ainda que, em palavras, o esforço bélico atual dos EUA volte-se contra o terror islâmico e os “Estados-vilões”.
Klare, professor de Estudos sobre a Paz e a Segurança Global na Universidade de Hampshire, demonstra que o item mais robusto no orçamento de 2009 é a “modernização estratégica”. Ela abocanha US$ 183,3 bilhões — 36% de despesas totais estimadas em US$ 515,4 bilhões (semelhantes a todo o PIB da Argenina…). Entre os itens em que se desdobra, estão a compra de 40 super-caças F-22 (considerado “o mais avançado avião de combate da atualidade”), por US$ 4,1 bilhão; a construção de um porta-aviões de novo tipo (o CVN-78), que deverá dar início à substituição dos navios da classe Nimitz e é equipado, entre outros, com um novo modelo de motor nuclear, um sistema eletromagnético para lançamento de aviões, radares s avançados e outras inovações; o lançamento de novas classes de destroyers e submarinos.
Klare ressalta que nenhuma destas armas presta-se a combater redes de terror ou Estados com a Síria ou Irã, dotados de armamento ultrapassado. Seu único, sustenta, só pode ser enfrentar, numa “nova guerra fria”, uma potência capaz de representar uma ameaça ao poderio militar dos EUA.
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