Washington brinca com o fogo na Somália
“Nossos mujahidins combateram ferozmente os invasores etíopes e seus lacaios somalis. O inimigo de Alá fez uso de artilharia pesada em resposta. Queimaram totalmente o mercado no intuito de destruir a propriedade islâmica na Somália”: assim se exprimiu o xeque Muktar Robo Abu Mansur, dirigente do movimento clandestino Shabab (Juventude), a ala radical dos muçulmanos somalis. Em Mogadíscio, capital do país, as operações de guerrilha não cessaram desde a queda, em janeiro de 2007, do regime da União dos Tribunais Islâmicos, UTI. [1] que controlava a maior parte do centro e do sul do país: o imenso mercado Bakara, conhecido principalmente por suas barracas de armas e munições, desapareceu sob a fumaça no início de outubro.
O novo representante especial das Nações Unidas, o mauritano Ahmedu Uld Abdallah, considera que a situação humanitária da Somália é a “pior do continente”. Emigrantes ilegais fogem em massa para o Iêmen, por meio da perigosa travessia do Golfo de Áden. Cerca de 10 mil pessoas conseguiram fazê-la, entre janeiro e agosto de 2007, a bordo de uma centena de embarcações, mas quinhentas morreram ou foram dadas como mortas. No início de setembro, falava-se de barcos superlotados à deriva, de refugiados sufocados, golpeados ou mesmo aspergidos com ácido por seus atravessadores – seus cadáveres atirados ao mar. Alguns, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, foram recebidos a tiros depois de terem desembarcado no Iêmen.
O sentimento antietíope é forte em Mogadíscio. Em abril de 2007, para retomar definitivamente a capital, após uma contra-ofensiva dos milicianos da UTI, o exército etíope detonou seus canhões contra os bairros considerados mais hostis, fazendo 1700 mortos e provocando um êxodo de várias centenas de milhares de pessoas. Além disso, a Etiópia e a Somália convivem como inimigos hereditários. Os dois países se enfrentaram em 1964, 1977 e 1978 por causa da delimitação de sua fronteira e da posse do planalto de Ogaden (de população majoritariamente somali, mas administrado pela Etiópia). E voltaram a entrar em confronto em 1996, no combate contra um foco islâmico.
A origem do caos
Embora a recente intervenção etíope na Somália tenha sido oficialmente empreendida para desalojar a UTI – que não respeitava o poder formal do Governo Federal de Transição (GFT), criado com o auxílio da “comunidade internacional” –, ela atendeu de fato a uma determinação de Washington. Para a política externa norte-americana, esse país já há algum tempo tornou-se sinônimo de derrota. Durante a prolongada ditadura de Muhammad Siad Barre (1969-1991), a Somália foi, primeiro, aliada da União Soviética, cuja frota se valia do porto de Berbera. Uma inversão das alianças – em proveito dos Estados Unidos – não impediu que o regime caísse, sob o golpe conjunto de uma dezena de “movimentos de libertação” de expressão regional. A Somália mergulhou então em um caos do qual nunca mais se levantou.
Para socorrer uma população vítima das vendetas entre chefes de clã, transformados em “senhores da guerra”, foi executada, no fim de 1992, uma operação multinacional, sob comando norte-americano, batizada de Restore Hope (Restaurar a Esperança): os marines desembarcaram à noite nas praias, sob os refletores da mídia. Bernard Kouchner, então secretário francês da ajuda humanitária, posou diversas vezes para os fotógrafos com um saco de arroz nas costas!
A ONU assumiu o controle das operações em 1993, incorporando o contingente norte-americano. Mas a intervenção virou um fiasco em conseqüência de uma emboscada no centro da capital que custou a vida de 18 soldados dos Estados Unidos: seus corpos foram exibidos como troféus, alguns até arrastados pelas ruas na traseira de veículos. Esse acontecimento humilhante seria relembrado no filme Falcão Negro em perigo, de Ridley Scott, que se tornou mais tarde um sucesso nas videolocadoras de Mogadíscio. Depois disso, os Estados Unidos evitaram a Somália e se recusaram a participar de qualquer operação de intervenção ou manutenção da paz no continente africano, inclusive durante o genocídio de Ruanda, em 1994.
Os atentados de 11 de setembro de 2001 alteram o quadro. Todo o Chifre da África, porém mais especialmente a Somália, foi posto sob vigilância. A partir de 2002, a marinha norte-americana, junto com algumas de suas colegas européias, passou a patrulhar o Mar Vermelho, ao largo das costas somalis e iemenitas. O objetivo era dar segurança a uma das principais rotas marítimas do mundo: rumo ao canal de Suez e ao Mediterrâneo, a noroeste; ao Cabo e às Américas, ao sul; aos estreitos asiáticos e ao Pacífico, a leste. Os atentados contra o destróier norte-americano USS Cole, no Golfo de Áden em 2000, e contra o petroleiro francês Limburg, na costa do Iêmen em 2002, suscitavam o temor de uma jihad marítima, ameaçando os fornecimentos de petróleo e o tráfego comercial.
De olho na Al-Qaeda
Ao inspecionar os navios pesqueiros e cargueiros suspeitos, e ao promover a caça aos piratas, a marinha norte-americana procurava principalmente impedir que os talibãs e os mujahidins, expulsos do Afeganistão e em seguida do Iraque, buscassem refúgio no Chifre da África. De fato, nos confins da Somália, da Etiópia e do Sudão, existe uma das principais “zonas cinzentas” do continente. Ela se comunica com a antiga rota das caravanas, até os limites do Chade, da Líbia, do Mali, da Argélia e da Mauritânia, na costa ocidental africana.
Além disso, ainda em 2002, o Pentágono conseguiu obter a instalação, no pequeno Estado de Djibuti, até então na órbita francesa, de uma base de suas forças especiais. Com um efetivo de 2 mil homens, esse posto de observação – e de ação clandestina – é o único enclave norte-americana no continente, a alguns quilômetros da fronteira somali. Lá, foram montadas as operações secretas visando à eliminação de supostos membros da Al-Qaeda, tanto no Iêmen como na Somália, ações que dobraram de intensidade em 2007.
Sempre incapturável, Osama bin Laden não é um desconhecido no Chifre da África. Aparentemente, ele passou uma temporada na Somália no início dos anos 1990. Alguns dos “árabes” que atuaram sob o seu comando no Afeganistão estiveram envolvidos no ataque de 1993 contra soldados norte-americanos. De 1991 a 1996, ele morou no Sudão: o golpe militar de 1989 e a instalação de um regime fundamentalista muçulmano fizeram com que aquele país se tornasse, ao seus olhos, um porto seguro. Bin Laden investiu na indústria farmacêutica de Al-Chifa (que o exército norte-americano bombardeou em agosto de 1998, em represália aos atentados de Nairóbi, no Quênia, e de Dar es-Salaam, na Tanzânia) e no Al-Shamal Islamic Bank; empregou seus “árabes afegãos”; e começou a agrupar fiéis egípcios, entre os quais Ayman Al-Zawahiri. Do contato entre muçulmanos do mundo inteiro, principalmente iemenitas e argelinos, nasceu a idéia de uma jihad mundial [2].
Uma primeira série de atentados atingiu o exército e os interesses norte-americanos: Áden, 1992; Mogadíscio, 1993; Riad, 1995; Khobar (Arábia Saudita), 1996. Nesse ano, Bin Laden teve de deixar o Sudão e regressar ao Afeganistão, onde encontrou o mulá Muhammad Omar, futuro líder dos talibãs. O saudita anunciou então, com Al-Zawahiri, a formação da Frente Islâmica Mundial, para a jihad contra os judeus e os “cruzados”, e reivindicou, em agosto de 1998, os atentados contra as embaixadas norte-americanas de Nairóbi e Dar es-Salaam, que resultaram em 224 mortos e mais de quatro mil e quinhentos feridos.
Alguns dias depois do 11 de Setembro, o presidente George W. Bush decretou o congelamento dos bens de 27 grupos e indivíduos acusados de ligação com o terrorismo internacional [3]. Entre eles, Al-Barakat (A Sorte), principal sociedade de transferência de fundos da Somália (o meio bilhão de dólares expedido a cada ano pela numerosa diáspora somali sustentava cerca de 800 mil habitantes que ficaram no país) e Al-Ittihad Al-Islami (Unidade Islâmica), suspeita de ter participado dos ataques de Mogadíscio em 1993 e de ter fornecido ajuda logística para os atentados de Mombaça (Quênia) em 2002 [4].
A Al-Ittihad fora derrotada em 1997, em conseqüência de um primeiro ataque militar etíope. Mas seu chefe, Hassan Dahir Aweys, um ex-coronel que se distinguiu durante a guerra somali-etíope de 1977, viu-se alçado, em 2006, ao posto de presidente do Conselho Supremo dos Tribunais Islâmicos. Sempre negando manter relações com a Al-Qaeda, Aweys reconheceu haver tido contatos com Bin Laden no tempo em que este residia no Sudão. E afirmou ser a xariá (lei islâmica) “o único remédio para os problemas da Somália”, dizendo ainda “compartilhar os sentimentos daqueles que julgam que o Islã é vítima de uma guerra planetária conduzida pelos Estados Unidos e seus aliados”.
Por ocasião de uma reunião da oposição em Asmara (Eritréia), em setembro de 2007, Aweys, que está na lista das pessoas procuradas pelos Estados Unidos, se apresentou como “um nacionalista que combate por uma Somália livre e unificada, o que é considerado como terrorismo pelos norte-americanos”. O velho chefe desafiou Washington a provar seus vínculos com a Al-Qaeda, dizendo, de passagem, que a política externa dos Estados Unidos para a Somália é “estranhamente belicosa” [5].
Fustigados pelo regime de Muhammad Siad Barre no período anterior, os muçulmanos somalis viram reduzir-se dramaticamente, nos anos 1990, sua influência no país. Controlavam a pequena cidade de Luq, no sul, perto da fronteira com o Quênia, de onde foram expulsos. Perderam seu bastião em Puntland, um Estado autoproclamado no nordeste da Somália. Os egípcios, afegãos e chechenos que haviam se juntado ao Al-Ittihad aparentemente abandonaram o território, uma vez que “os muçulmanos locais trocaram suas atividades militares pelos negócios com os países do Golfo, o ensino nas escolas corânicas e a defesa da xariá” [6]. O esvaziamento foi a tal ponto que, em 2000, o incipiente movimento dos Tribunais Islâmicos se aliou a uma primeira tentativa de governo de transição.
Em maio de 2005, um relatório da ONU afirmava, porém, que Aweys, estabelecido na região de Galgaduud, no centro do país, já contava com apoio em armas da Eritréia e estava em contato com representantes da Frente Nacional de Libertação do Ogaden e da Frente de Libertação Oromo, que se opunham ao poder central etíope. Em junho de 2006, Bin Laden e Al-Zawahiri citavam o Darfur sudanês e a Somália como lugares privilegiados para o combate ao “Grande Satã” americano.
Preocupados com o possível nascimento de um novo Afeganistão, e considerando as práticas tradicionalistas defendidas pela União dos Tribunais Islâmicos como uma perigosa “talibanização” da região [7], os serviços secretos norte-americanos tentaram, em fevereiro de 2006, comprar alguns chefes guerreiros somalis. Mas a Aliança para o Restabelecimento da Paz e contra o Terrorismo, criada na ocasião, não pôde conter os ataques dos milicianos islâmicos, que conseguiram, em julho, assumir o controle total de Mogadíscio.
Essa nova derrota, no entanto, foi seguida de um golpe de mestre: nada mais de “falcão negro”, nem um único soldado americano no terreno – ao menos, não oficialmente. Discretamente comandado por Washington, o exército etíope penetrou na Somália para levar socorro a um Governo Federal de Transição que não conseguia sequer entrar em “sua” capital. No final de dezembro de 2006, o contingente etíope acreditava ter vencido a partida: os milicianos islâmicos abandonaram Mogadíscio. Em Baidoa (Somália), onde o GFT ainda tem sua sede, afirma-se que um quinto dos prisioneiros feitos durante a ofensiva são estrangeiros, prova manifesta de um complô jihadista internacional.
O “trabalho sujo” da Etiópia
Porém, retornando a Mogadíscio a bordo de um furgão etíope, o presidente nominal somali Abdullahi Yusuf Ahmed teve de desistir de desarmar os antigos clãs e milícias, enquanto se multiplicavam as manifestações hostis às forças de Addis Abeba. Os ataques da muqawamada (resistência) ressurgiram nos bairros. Em 20 de março, o centro da capital voltou ao controle dos rebeldes. Em 30, começou a verdadeira batalha de Mogadíscio. Para levá-la a termo, a artilharia etíope bombardeou, no final de abril, as forças insurgentes.
De sua base em Djibuti, o exército norte-americano prosseguia, ao mesmo tempo, seu rastreio dos membros reais ou supostos integrantes da Al-Qaeda, executando, pela primeira vez, em janeiro de 2007, uma ação militar de envergadura: o metralhamento de um grupo de “fugitivos” no sul da Somália. A ação foi empreendida com a ajuda do quadrimotor AC-130 Spectre, um avião poderosamente armado, capaz de “varrer” uma zona inteira, utilizado pela primeira vez na Guerra do Vietnã. Operações como esta, executadas numa quase-clandestinidade, jamais foram computadas, mas assinalam o retorno vigoroso dos Estados Unidos à “guerra secreta” do Chifre da África. Em fevereiro, comandos das forças especiais teriam realizado outras atividades de envergadura no sul da Somália. E, em 2 de junho de 2007, um navio do exército norte-americano bombardeou vários alvos perto do porto de Bargal, em Puntland, que teriam servido de refúgio a “militantes da rede Al-Qaeda”, sem que tenha sido possível verificar tais afirmações. As perseguições contra os jihadistas também se multiplicaram em Mogadíscio desde a tomada da cidade pelos etíopes e pelas forças favoráveis ao presidente Abdullahi. De duzentas a mil pessoas teriam desaparecido e estariam detidas em locais secretos. A filiação à antiga UTI basta para que alguém seja rotulado como “terrorista”.
Ao confiar o “trabalho sujo” à Etiópia, o governo norte-americano corre o risco de reavivar brasas adormecidas na região. Forçando a internacionalização do conflito somali, ele oferece uma oportunidade para que os regimes etíope e eritreu, em guerra de 1998 a 2000 com um resultado que não satisfez a nenhum dos lados, se enfrentassem de novo. Mesmo sem nutrir simpatias pela UTI, a Eritréia lhe entregou armas. Um relatório da ONU, de novembro de 2006, alertando contra o “conflito generalizado”, descrevia o “afluxo endêmico de armas” aos dois campos, e acusava principalmente a Eritréia de ter procedido a “pelo menos 28 remessas de armas, munições e equipamentos militares”, entre os quais mísseis terra-ar.
Em setembro de 2007, o governo eritreu – acusado pelo primeiro-ministro etíope Meles Zenawi de apoiar os extremistas islâmicos na Somália – não teve medo de acolher em sua capital uma conferência da oposição, resultando na criação da Aliança para a Libertação da Somália. A organização exigiu a retirada imediata do exército etíope, considerado vassalo dos norte-americanos, e, em seguida, lançou uma nova ofensiva sobre Mogadíscio.
Por seu turno, a Etiópia recebeu secretamente carta branca do governo norte-americano para comprar armas da Coréia do Norte, em violação das sanções impostas a Pyongyang pelo Conselho de Segurança da ONU, a pedido dos próprios Estados Unidos [8]! A diplomacia norte-americana aceita também que um regime tão pouco democrático como o de Zenawi – que reprime partidos, sindicatos e movimentos estudantis – utilize o pretexto da “guerra contra o terrorismo” para garantir apoio financeiro e indulgência política [9].
Um eventual desmembramento do país
Ao delegar ao inimigo hereditário a tarefa de reconduzir a Somália à “ordem”, Washington também corre o risco de permitir que a Etiópia participe de um eventual desmembramento daquele país [10]. E, uma vez que a UTI conclamou à “guerra santa” contra o regime cristão de Addis Abeba, existe a ameaça maior de desestabilização de todo o Chifre da África, com a emergência de um fundamentalismo islâmico vestido com as cores da resistência nacional, capaz de galvanizar todo o sentimento anti-americano presente em amplos setores da comunidade muçulmana [11].
Uma enormidade de fatores sobre os quais terá de refletir o futuro comando militar norte-americano para a África, o Africom, que deve vir à luz em 2008.
[1] Em outubro de 2004, a Somália passou a ter um governo formal internacionalmente reconhecido: o Governo Federal de Transição (GFT), baseado primeiro em Nairóbi (Quênia), depois em Baidoa (Somália). Destinado a preencher o vazio político provocado pela guerra civil que se seguiu à queda do ditador Muhammad Siad Barre em 1991, o GFT não pôde se estabelecer em Mogadíscio, uma vez que a capital permanecia nas mãos dos “senhores da guerra”. E, mesmo apadrinhado pela “comunidade internacional”, jamais teve autoridade reconhecida em seu próprio país. Na prática, os “senhores da guerra”, chefes de clãs armados que se destacaram após a derrocada do Estado em 1991, reinavam soberanos. Apoiando-se em jovens bandidos freqüentemente drogados, eles mergulharam a capital e várias regiões em um terror anárquico. Suas tropas, pouco ou não pagas, entregavam-se ao roubo, ao seqüestro, ao estupro e à mortíferos ataques a mão armada. Os próprios “senhores da guerra” lucravam com o tráfico do qat (uma planta euforizante), a pirataria, o contrabando e a telefonia móvel. Para combater essa anarquia, grupos muçulmanos criaram, em 1996, os primeiros tribunais islâmicos, confederados desde 2002 na União dos Tribunais Islâmicos (UTI). Politicamente, a UTI é uma mistura heterogênea, na qual muçulmanos moderados e homens de negócios, preocupados em fazer com que seus contratos sejam respeitados, convivem com simpatizantes da Al-Qaeda. Sobre a formação do GFT e da UTI, ver Gérard Prunier, “Algo estranho em Mogadíscio”, Le Monde Diplomatique, setembro de 2006.
[2] Abdel Bari Atwan, L’Histoire secrète d’Al-Qaïda, Paris, Acropole-Belfond, 2007.
[3] Ibrahim Warde, Propagande impériale et guerre financière contre le terrorisme, Marselha-Paris, Agone/Le Monde Diplomatique, 2007.
[4] Alain Charret, Les Nouvelles d’Addis, 2006.
[5] Reuters, Asmara, 6 de setembro de 2007.
[6] Jérôme Tubiana, L’Humanité, Paris, 29 de janeiro de 2002.
[7] Proibição do consumo de qat, dos vídeos, da música, do trabalho das mulheres e até do futebol durante a Copa do Mundo, entre outras medidas restritivas.
[8] The New York Times, 8 de abril de 2007.
[9] Yohannes Woldemariam, Sudan Tribune, www.sudantribune.com, 26 de novembro de 2005.
[10] Sob a colonização, o país já foi dividido em três (a atual Somaliland para os britânicos; o centro, com Mogadíscio, para os italianos; Djibuti, no noroeste, para os franceses).
[11] Para uma parte da opinião pública do Oriente Médio, Mogadíscio é “a terceira cidade islâmica a cair nas mãos do imperialismo americano, depois de Jerusalém e Bagdá” (Nicola Nasser, Globalresearch.ca, 3 de janeiro de 2007).
Nenhum comentário:
Postar um comentário