Míssil Shahab-3 alcança distância de 2 mil quilômetros |
O míssil, que pode alcançar uma distância de dois mil quilômetros, foi um entre nove - entre mísseis de curto e médio alcance - a serem lançados em um local remoto no deserto.
O comandante da Força Aérea da Guarda Revolucionária Iraniana, Brig-Gen Hoseyn Salami, disse que o país está “pronto para defender a integridade da nação iraniana”.
“Nossos mísseis estão prontos para serem disparados de qualquer lugar a qualquer momento, com rapidez e precisão”, acrescentou Salami.
“O inimigo não deve repetir seus erros. Os alvos do inimigo estão sendo vigiados."
Alerta
Segundo o correspondente da BBC em Teerã, Jon Leyne, a experiência é um claro alerta do Irã.
“É uma resposta evidente a um exercício militar efetuado recentemente por Israel e que foi considerado como um ensaio para um possível ataque contra as instalações nucleares iranianas”, disse o correspondente.
Os testes acontecem um dia depois que o governo dos Estados Unidos impôs novas sanções financeiras a várias companhias e indivíduos iranianos, suspeitos de envolvimento com o programa nuclear do país.
Entre os afetados pelas sanções estão um cientista do ministério da Defesa iraniano, Mohsen Fakhrizadeh-Mahabadi, e três empresas que estariam associadas à indústria de armas.
Ainda na terça-feira, um alto clérigo iraniano disse que, caso o Irã seja atacado por causa de seu programa nuclear, o país vai retaliar com um ataque a Israel e a navios americanos no Golfo Pérsico.
"O primeiro tiro americano no Irã daria início a um incêndio em interesses vitais dos Estados Unidos no mundo", disse o clérigo Ali Shirazi, que é ligado ao aiatolá Ali Khamenei, o mais importante líder religioso do Irã.
Outros comandantes iranianos já ameaçaram fechar o estreito de Hormuz, por onde escoa grande parte do petróleo que abastece vários países.
Autoridades iranianas ainda disseram estar dispostas a atacar os Estados Unidos e seus aliados em todo o mundo caso o Irã seja alvo de incursões.
Os Estados Unidos e outras nações ocidentais acusam o Irã de usar seu programa nuclear como fachada para a fabricação de armas, mas o governo iraniano rejeita as acusações, dizendo que o programa tem fins pacíficos.
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