"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

domingo, março 15, 2009

G20 discute ajuda aos emergentes

Blog do Luis Nassif - 14/03/09

Do Portal Luís Nassif

O Blogueiro do Portal, Falcão, está na reunião do G20 como intérprete e mandando artigos especiais para o Portal Luís Nassif.

Acompanhe as notícias diárias no Blog do Falcão (clique aqui).

Do Blog de Falcão, especial para a Comunidade

Alistair Darling: Fortalecer o Sistema Financeiro Mundial

O Chanceler do Erário Inglês Alistair Darling disse no Encontro dos Ministros em Horsham na Inglaterra que é preciso restaurar o crescimento global, incentivar o empréstimo a pessoas e empresas e as reformar para fortalecer o sistema financeiro global.

Os participantes do encontro concordam que é necessário estar preparado para o encontro do G20 dia 2 de Abril em Londres. Há uma urgência na recuperação da economia e o consenso para que os bancos passem a emprestar para que haja um crescimento global.

Ações decisivas precisam ser tomadas para gerar novos empregos e é preciso fazer o que for preciso para a retomada do crescimento.

Darling falou sobre o compromisso contra o protecionismo e a importância de se ter um mercado aberto para todos.

Os bancos precisam voltar a emprestar, o sistema financeiro deve ser restaurado se necessário com o uso de dinheiro público para capitalizar os bancos privados.

Muito foi discutido em como ajudar os países emergentes inclusive com uma avaliação do FMI sobre os impactos destas ações. As instituições financeiras devem ajudar os países mais pobres para restaurar a confiança no mercado.

Algo já começou a ser feito inclusive com a expansão do FSF o Fórum para a Estabilidade Financeira (Financial Stability Forum) para acomodar mais países do G20. Isto deve ser feito porque muitas economias cresceram e se destacaram recentemente caso do Brasil e China.

Com relação aos fundos de aplicação o G20 acredita que não existe suficiente supervisão e isto precisa ser mudado. Os reguladores precisam ter o poder para impedir os bancos de tomarem riscos que coloquem em risco as suas instituições e também a economia mundial. Os paraísos fiscais devem ser fiscalizados para impedir a lavagem de dinheiro e crimes fiscais.

A Suíça deu um importante passo ao abrir algumas contas depois de solicitação do governo dos Estados Unidos, isto é um bom começo e deve ter uma continuidade.

A cultura de dar bônus para executivos que falharam e inclusive causaram perdas de bilhões de dólares precisa acabar para evitar que em busca de um polpudo bônus, executivos coloquem em risco não apenas seu banco, mas toda a economia mundial.

Darling afirmou que não adianta solucionar os problemas bancários do Reino Unido enquanto o problema existe em outro país. È preciso que este problema seja solucionado não apenas no Reino Unido mas em todo o mundo para que a economia mundial se recupere.

Os bancos precisam contribuir para que haja uma transparência nas suas operações.

A minha pergunta ao Ministro Darling

Alguns países se perguntam por que eles não fazem parte do FMI. Com isso, a representação do FMI que deveria ser revista em 2013 deverá ser feita dois anos antes, em 2011. Isto deve ser feito para dar mais representatividade aos países que formam o BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), por exemplo.

Os países do G20 deverão fazer o que for preciso para restaurar a confiança no mercado financeiro. O Banco Central de cada país deve fazer as melhores escolhas para que isto seja alcançado. O corte na taxa de juros tem sido usado por vários países e esta medida foi encorajada a ser executada pelos membros do G20.

Alistair Darling frisou que o governo Inglês tomou atitudes drásticas como nacionalizar bancos como Northern Rock e Bradford & Bingley. Os Estados Unidos também compraram uma enorme quantidade de ativos podres.

Outra decisão tomada no encontro é que as economias precisam ser ajudadas até quando for preciso sem impor uma data limite.

O mundo tem passado por uma das piores crises da história da humanidade e as mudanças começaram a ser sentidas no encontro em Washington em Novembro de 2008.

Durante a crise de 1933 os governos de todo o mundo se uniram para solucionar o problema e hoje a mensagem é clara: é preciso fazer o que for preciso para sustentar a economia mundial.

Alistair disse que o Reino Unido, Estados Unidos e Japão aumentaram o crédito para aquecer a economia e que os países devem ter uma eficiente ação fiscal.

Por várias vezes o Ministro Inglês afirmou que fará o que for preciso para resolver o problema da crise mundial. Eu perguntei se isso incluiria a nacionalização de bancos e a proibição de short selling. Ele respondeu que a política do governo inglês é que os bancos continuem no setor privado e que short selling foi banido anteriormente e se necessário será banido novamente.

Nenhum comentário: