Um leitor do blog do Nassif descobriu, lendo com atenção o "rasgão" que aparece logo acima (reproduzido na revista Veja), que foi Daniel Lorenz o intermediário da repórter Andréa Michael, da Folha de S. Paulo, aquela que antecipou no jornal a Operação Satiagraha.
Para dar boas risadas com o amadorismo dessa gente, clique aqui.
PS: Para quem não acompanha o caso, explico: a Veja faz escândalo com algo óbvio e conhecido. O pedido para iniciar a Operação Satiagraha, em 2004, veio da presidência da República para o então diretor da Polícia Federal, Paulo Lacerda. Segundo depoimento do delegado Protógenes Queiroz, a partir de informações coletadas pela Agência Brasileira de Inteligência (ABIN). Faz sentido: diante do indício de um crime o presidente da República, que se informa através da ABIN (que existe para isso) pede à PF que apure. Caso contrário, poderia ser acusado de cumplicidade com o crime, de prevaricar.
No entanto, como é possível notar no pé do recorte que aparece acima -- passou batido pelo pessoal da Veja? -- temos uma notícia: foi Daniel Lorenz que comunicou ao delegado Protógenes que uma jornalista, de nome Andréa Michael, "queria torcar informações a respeito de Daniel Dantas". O que nos leva a perguntar o que leva Lorenz, chefe de inteligência da Polícia Federal, a fazer o papel de intermediário entre uma jornalista e um delegado que estava investigando Daniel Dantas.
Terá sido Lorenz a fonte de Andréa Michael nesta reportagem, publicada alguns meses antes da operação Satiagraha ter sido deflagrada? A reportagem foi usada pela defesa do banqueiro Daniel Dantas num pedido de habeas corpus antecipado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A repórter, como se vê, deu várias informações que faziam parte de uma investigação que corria sob segredo de Justiça.
Foi Lorenz o vazador?
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