África. A nova fronteira mundial do etanol para as empresas brasileiras
Empresas brasileiras começam a impulsionar o etanol na África - um mercado nascente e uma plataforma para vender à Europa. A reportagem é da jornalista Samantha Lima para a revista Exame, 20-09-2007.
Eis a reportagem.
Na tentativa de difundir o modelo brasileiro de produção de etanol pelo mundo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já apelou até para o papa. Em sua audiência com Bento XVI no Brasil, em maio, Lula pediu ao pontífice que o ajudasse a conquistar o apoio dos países ricos para o projeto de desenvolver a indústria de etanol na África. Por trás do argumento humanitário de reduzir a miséria da região está o interesse de que mais países adotem o etanol de cana-de-açúcar e ajudem a transformar o combustível de fato em uma commodity global.
Até agora não se tem notícia de que Sua Santidade, que na hora pareceu simpática à idéia, tenha feito algo concreto para promovê-la. Mesmo assim, uma nova fronteira para o álcool já começa a se desenhar no continente africano. Aos poucos, empresas e profissionais brasileiros estão identificando boas razões para desbravar um novo mercado do outro lado do oceano Atlântico. A Petrobras e a fabricante de equipamentos Dedini, além de tradings, consultores e advogados ligados ao setor, já colocaram o continente em seu roteiro. "A África tem clima, território e potencial de mercado para se tornar produtora e exportadora de etanol", diz Roberto Giannetti da Fonseca, sócio da Etanol Trading e um dos novos investidores. Além da oportunidade de criar um mercado do zero, os brasileiros também querem chegar primeiro a uma promissora plataforma de exportação de etanol para a Europa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário