A Previdência Social registrou em agosto queda recorde de 20,4% no seu déficit, fechando o mês com saldo negativo em R$ 2,58 bilhões - em agosto do ano passado, o déficit havia sido de R$ 3,24 bilhões. Segundo o secretário de Políticas de Previdência, Helmut Schwarzer, o desempenho deve ser atribuído ao aumento no número de empregos com carteira assinada, que elevou o crescimento na arrecadação da Previdência. A notícia é do jornal Folha de S. Paulo, 22-09-2007, em texto assinado pela jornalista Lorenna Rodrigues.
No mês passado, a arrecadação aumentou quase R$ 500 milhões, crescendo 3,8% em relação a julho e 11,2% em relação a agosto de 2006. O total arrecadado em agosto foi de R$ 11,68 bilhões, número também considerado recorde. "Só a arrecadação das empresas deu um salto de R$ 350 milhões. O que explica é o fortalecimento do mercado de trabalho, com a geração de empregos formais", afirmou.
A contribuição mensal das empresas ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) é de 20% sobre a folha de salários. De acordo com o secretário, contribuíram também para o resultado o aumento na eficiência da arrecadação pela maior fiscalização da Receita Federal e o censo previdenciário, que retirou da folha de pagamentos da Previdência Social beneficiários que já morreram ou que não existem.
Em agosto, porém, as despesas cresceram 3,8% em relação ao mesmo mês do ano passado, fechando em R$ 14,27 bilhões. Em relação a julho, porém, as despesas caíram 1,5%. "No curto prazo, a melhora na arrecadação tem permitido ao INSS absorver de forma confortável o aumento do valor do salário mínimo, que impacta diretamente as despesas."
De janeiro a agosto, o déficit da Previdência acumula R$ 26,95 bilhões, resultado 0,5% menor do que o do mesmo período de 2006. Na comparação entre os oito primeiros meses, a arrecadação cresceu 10,2%.
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