O Parlamento da França começou a discutir ontem novas regras para restringir a entrada de imigrantes no país, defendidas pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy - que também apresentou um amplo plano de reforma do sistema de bem-estar social e mudanças na lei que limita em 35 horas a jornada semanal de trabalho. A notícia é do jornal O Estado de S. Paulo.
A nova lei de imigração, se aprovada, estabelecerá testes de DNA para comprovar o parentesco entre imigrantes que estão na França e parentes que queiram entrar no país. Os novos imigrantes também terão de comprovar que podem sustentar-se financeiramente e dominam a língua francesa.
Sarkozy, cuja campanha eleitoral baseou-se no tema de identidade nacional, é freqüentemente acusado de discriminação. O presidente francês estabeleceu metas para deportação de 25 mil imigrantes ilegais até o final do ano - atualmente entre 200 e 400 mil estrangeiros vivem na França ilegalmente.
As medidas propostas causaram mal-estar no próprio gabinete, qualificado por Sarkozy de “governo de abertura” por causa da nomeação de políticos de origens e partidos diversos. “O que me incomoda é que isso constrangerá estrangeiros que querem viver em nosso país”, criticou a secretária para Municípios, Fadela Amara, de origem argelina. O governo defendeu-se, afirmando que os testes seriam voluntários.
Além da oposição ao projeto de lei de imigração, Sarkozy terá pela frente a dura tarefa de conseguir a aprovação das reformas da previdência e trabalhista apresentadas ontem. O líder conservador quer cortar os planos de aposentadoria especial de algumas categorias, como a dos maquinistas e eletricistas - que hoje se aposentam aos 55 anos e contam com todos os benefícios sociais. “O objetivo é igualar os planos especiais ao regime regular, que foi reformado em 2003”, disse o presidente.
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