A reunião do Presidente Lula com os ministros para analisar o “caso Dantas” parecia uma reunião de editorialistas do PiG.
. A palavra chave é “excesso”.
. Sinônimo de “espetacularização”, usada pelo Supremo Presidente Gilmar Mendes.
. Ou seja, a Polícia Federal não está aí para prender rico.
. Ou, se prender, prender na moita, escondido, de forma a não se perceber.
. É como diz o nobre petista de São Paulo, o “Gomes”, o Luiz Eduardo Greenhalgh, o delegado Protógenes Queiroz é um “descontrolado”.
. O Governo Lula está cercado de Daniel Dantas por todos os lados.
. Só no Palácio do Planalto são dois e meio.
. Um é o secretário particular Gilberto Carvalho, que conversou com Greenhalgh muito mais do que apareceu no jn.
. Gilberto Carvalho era a ponte de “Gomes” – logo, de Dantas – na ante-sala do Presidente da República.
. Outro é o Ministro do Futuro, Mangabeira Unger, que aparece no relatório da Polícia Federal.
. Mangabeira trabalhou para Dantas na qualidade de trustee da Brasil Telecom, e só defendia os interesses de Dantas – e, não, dos acionistas da Brasil Telecom.
. Se fosse nos Estados Unidos, o ilustre professor de Harvard estava atrás das grades.
. Aqui, é Ministro do Presidente Lula ...
. O 1/2 é a Ministra Dilma Rousseff.
. No início da patranha da “BrOi”, ela dizia que só poderia haver fusão da Brasil Telecom com a Oi se aparecessem brasileiros que botassem dinheiro do próprio bolso.
. Carlos Jereissati e Sérgio Andrade não vão botar um tusta.
. Vai ser tudo grana do Tesouro Nacional e do Fundo de Amparo aos Trabalhadores, administrados pelo BNDES.
. E ainda sobra US$ 1 bilhão para calar a boca de Daniel Dantas.
. Naquela altura, a Ministra Dilma também dizia que não adiantava o PiG dizer que o Plano de Outorgas ia mudar para permitir a “BrOi”, porque só mudaria se o Presidente Lula quisesse ...
. No relatório da Polícia Federal, há várias reuniões da Ministra Dilma com os representantes da quadrilha de Dantas.
. Várias.
. Até elogiam a capacidade que ela tem de descobrir “onde está a sacanagem”.
. Mas, no fim da contas, a “BrOi” só saiu do Palácio do Planalto do jeito que Dantas quis (clique aqui para ler a frase fantástica de Dantas no relatório: eu vendi a Brasil Telecom à Oi ...) porque a Ministra Dilma coonestou.
. Vamos colocá-la na coluna do meio: quem sabe ela descobre “a sacanagem” e diz ao presidente Lula, aquele que tem medo, que é melhor mandar o Luciano Coutinho de volta à assessoria em que planeja mega-fusões de empresas brasileiras ...
. A tibieza do Ministro Tarso Genro é um dos combustíveis dessa crise.
. Tem tudo para ser o Abelardo Jurema do Presidente Lula.
. Desde o início, Genro se curvou aos pés do Supremo Presidente Gilmar Mendes.
. Foi lá no gabinete do Presidente Supremo, pediu desculpas, falou mal do Delegado Queiroz, prometeu não usar mais algemas – a não ser em preto, pobre e p ..., como quer o Dr. Toron -, disse que vai parar de usar escuta telefônica contra criminosos de colarinho branco – fez tudo o que os editorialistas do PiG exigem.
. Chegou a dizer que, em nenhum momento, JAMAIS ousou criticar, discordar, discrepar, dissentir, divergir, JAMAIS ousou colidir com as opiniões do Supremo Presidente.
. Quando já estava prostrado, recebeu o golpe pelas costas: o Supremo Presidente disse aos jornalistas, ontem, que não tinha tomado conhecimento do que Genro pudesse ter dito sobre ele, mas, de qualquer maneira, não reconhecia em Genro COMPETÊNCIA para discordar dele.
. Chamou Genro de “incompetente”.
. Quer dizer, “quanto mais você se abaixa...”, dizia a minha santa mãe.
. Sobre o Presidente Lula, aquele que tem medo, não há nenhuma surpresa.
. O Presidente Lula tem medo da elite branca.
. E dos editorialistas do PiG.
. Ele só vai perceber a altura do despenhadeiro, quando voltar para São Bernardo e a elite branca não convidá-lo para jantar.
. Leia a seguir a reportagem da Teletime sobre a reunião dos editorialistas do PiG que se realizou ontem no Palácio do Planalto:
Presidente se diz tranqüilo e Planalto se esquiva sobre Carvalho
segunda-feira, 14 de julho de 2008, 21h19
O Palácio do Planalto não está preocupado com a Operação Satiagraha. Pelo menos foi essa a postura que os participantes da reunião da coordenação política tentaram passar após o encontro com Lula. "O Presidente não está preocupado. As coisas têm que ser investigadas", contou um dos participantes com o compromisso de não ser identificado.
O encontro de ministros com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ocorreu na tarde desta segunda-feira, 14, e contou com a presença dos ministros Tarso Genro (Justiça), Paulo Bernardo (Planejamento), Dilma Rousseff (Casa Civil), Franklin Martins (Comunicação Social), Luiz Dulci (Secretaria-Geral da Presidência) e José Múcio (Relações Institucionais). Também estavam presentes o vice-presidente, José Alencar, e o chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho.
Excesso
Genro fez uma apresentação sobre a Operação Satiagraha e reclamou sobre os "excessos" e o "sensacionalismo" da ação da Polícia Federal. Segundo fontes, o ministro teria dito que "esta não foi a orientação" dada à polícia.
O próprio presidente Lula teria reclamado também do "exagero" nas prisões e do uso ostensivo de algemas durante as prisões da Operação Satiagraha, referindo-se à exposição das imagens do banqueiro Daniel Dantas, do investidor Naji Nahas e do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta algemados.
Carvalho
A interceptação telefônica feita pela Polícia Federal de uma conversa entre o chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, e o ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh, que hoje trabalha para o Opportunity, não foi tema na reunião da coordenação política, segundo informações oficiais do Palácio do Planalto. A interpretação que circula no Planalto é que não houve nada errado na conversa entre Carvalho e Greenhalgh.
Este é o mesmo argumento usado pelo próprio chefe de gabinete, apresentada em nota oficial. No documento, Carvalho conta que a conversa foi sobre um cliente de Greenhalgh, que teria sido seguido por uma pessoa que se identificou como tenente da Polícia Militar de Minas Gerais. O cliente era Humberto Braz, ex-diretor da Brasil Telecom e funcionário de Dantas. Segundo a nota, na época da ligação (28 de maio) o chefe de gabinete desconhecia a identidade de Braz.
Carvalho diz ter confirmado que o tenente trabalha para a Presidência, mas que sua atuação "nada tinha a ver com o cidadão citado". Então Greenhalgh teria pedido que ele obtivesse mais informações junto à Polícia Federal, o que Carvalho não teria concordado. "Como já havia dado a informação essencial ao advogado no que dizia respeito à segurança pessoal de seu cliente, não fiz contato algum nem com o Ministério da Justiça e nem com a direção ou qualquer integrante da Polícia Federal", afirma na nota.
Grampos
Apesar de, oficialmente, a interceptação das ligações entre Carvalho e Greenhalgh não ter sido tema de discussão, o grampo acabou gerando desdobramentos dentro do Planalto. Tarso Genro pediu que o ministro José Múcio ajude na articulação para a aprovação de um projeto que atualmente tramita na Câmara dos Deputados sobre o uso de grampos em investigações criminais. O projeto em questão (PL 3.272/08) revoga a Lei de Interceptação (9.296/96) e exige que os pedidos de interceptação para uso investigativo partam sempre do Ministério Público ou, no mínimo, tenham aval da entidade. Os policiais também precisam provar que o grampo é fundamental para o trabalho criminal e incluir detalhes sobre o delito cometido e o acusado.
Mariana Mazza
Clique aqui para acessar o site da Teletime.
Em tempo: para refrescar a memória do amigo leitor: quem nomeou Ellen Gracie – aquela que escondeu o HD do Opportunity – e Gilmar Mendes ? Quem ? Ele ! O Farol de Alexandria ...
Em tempo 2: aguarde! Você não pode perder! Mangabeira também está no relatório.
Em tempo 3: num editorial de hoje, o Estadão realiza o sonho do Ministro Tarso Genro: ser elogiado pelo que há de mais branco na elite da elite branca de São Paulo. O Estadão se refere – como o Ministro Genro – ao delegado Queiroz como quem pratica ato “insólito”, “condenável”. E para Genro, só elogios... Clique aqui para ler. O Presidente Lula deve estar felicíssimo.
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