Um dos bancos que mais apostou nos últimos anos na América Latina, o Santander planejou investimentos de cerca de US$ 30 bilhões na região até 2010. O maior deles foi com a compra no Brasil do Banco Real, em 2007, pelo qual pagou um valor estimado de US$ 17 bilhões. A reportagem é de Toni Sciarretta e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 01-08-2008.
Fundado há 150 anos em Santander (norte da Espanha), o banco pegou uma carona no desenvolvimento espanhol das últimas duas décadas e se converteu hoje em um dos maiores grupos financeiros do mundo.
Conservador nos investimentos financeiros, mas agressivo na disputa por mercados, o Santander passou praticamente ileso pela crise das hipotecas subprime (segunda linha) dos EUA.
Em julho, o Santander atingiu um valor de mercado de US$ 110 bilhões -o maior da zona euro e o sexto maior do mundo. A América Latina contribuiu no primeiro semestre com 32% do lucro mundial. As maiores operações estão no Brasil, México e Chile. A Venezuela representou 2,3% dos ganhos mundiais deste ano e o Brasil, outros 11%.
Para concorrer nos mercados em que atua, o Santander tem como meta estar entre os cinco maiores competidores locais. Na Venezuela, tem a terceira melhor posição de mercado e uma operação de alto retorno. Mas, com uma inflação estimada pelos economistas do banco em mais de 30%, o futuro era visto como preocupante. Nos últimos meses, o Santander já negociava sua saída da Venezuela.
Nenhum comentário:
Postar um comentário