"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

sexta-feira, agosto 17, 2012

Mensalão: voto de Barbosa confirma piores temores do PT

R7 - 17 agosto 2012

Os piores pesadelos dos petistas começaram a se confirmar nesta quinta-feira com a primeira parte do voto do ministro relator do mensalão no STF, Joaquim Barbosa. "Era previsível" - disse o advogado de José Dirceu, José Luís Oliveira Lima, no intervalo da sessão, com expressão desolada de quem antevê problemas.
O que não era previsível no voto do ministro e surpreendeu a todos, foi iniciar o voto pelo petista João Paulo Cunha, condenando-o de cara pelas três graves acusações feitas pelo ministério público: corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. A condenação reverberará até a segunda-feira, quando outros réus tomarão o noticiário. Até lá, o estrago na campanha de João Paulo à prefeitura de Osasco terá sido incalculável - exatamente como previa o PT quando defendeu que o julgamento do mensalão fosse descasado da eleição.
A perspetiva de que os réus estejam mais próximo de uma pena de prisão arrancou comentário drástico na bancada dos advogados: "Ferrou!" - antecipou a assistente de uma das principais estrelas do caso, reconhecendo a gravidade da situação.
O relator deixou completamente atônitos advogados presentes e até os ausentes ao plenário do STF. "Já nem sem o que pensar" - dizia Arnaldo Malheiros Filho ao deixar o Tribunal no final do dia, perguntado se considerava viável o método de votação adotado pelo relator.
Inconformado estava o advogado de João Paulo Cunha, que sequer compareceu a Brasília, já que jamais imaginou que seu cliente encabeçaria a lista, no voto do relator. "Ele nos pegou de surpresa. Começou a julgar por uma figura lateral do caso", declarou Alberto Toron, minutos depois da primeira condenação do deputado, por corrupção passiva. A convicção geral era a de que Barbosa iniciaria por julgar as acusações contra o deputado cassado José Dirceu - o que não se confirmou.

Espero que todos sejam presos (o que acho muito difícil), mas que pelo menos desapareçam da cena política. Mas, não esqueçamos (como a Carta) de que o caso Eduardo Azeredo (entre outros) deveria ter o mesmo rigor de investigação e punição.

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