"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

sexta-feira, agosto 17, 2012

Petrobrás

 

Petrobras vai ajudar Transocean e Chevron

A Petrobras acionou seu departamento jurídico para ajudar a Transocean e a Chevron a não interromperem suas operações no país.

A reportagem é de Denise Luna e foi publicada no jornal Folha de S. Paulo, 16-08-2012.

Liminar concedida em 31 de julho pelo Tribunal Regional Federal da 2ª região, a pedido do Ministério Público Federal, exige que as duas americanas suspendam suas operações no país.

O motivo é o acidente ocorrido em novembro, no campo de Frade, na bacia de Campos, que derramou 3.700 barris de petróleo no mar.

A Transocean já apresentou ao TRF embargos de declaração, recurso usado quando uma das partes considera que a decisão judicial foi obscura, omissa ou contraditória em algum ponto.

A ANP (Agência Nacional do Petróleo) pediu ao TRF para fazer parte do processo.

A Petrobras teme que a parada da Transocean tenha impacto em suas operações. A estatal tem oito sondas de perfuração contratadas da empresa, sendo que sete estão em operação.

"Claro que teria impacto, nosso jurídico está trabalhando junto com a Transocean e, na medida do possível, junto com a Chevron. Vamos mostrar à Justiça que não há razão nessa decisão", afirmou ontem o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, José Formigli.

Em relação à Chevron, a preocupação da estatal se refere à produção interrompida em março, no campo de Frade, após um segundo vazamento.

A Petrobras tem 30% do campo, que produzia no início do ano 70 mil barris de petróleo por dia.
 
 
Carta Capital -10.08.2012 15:19

Os efeitos da alta do dólar 

Caixa. Graça Foster espera um reajuste da gasolina. Foto: Ag. Petrobras

Não foi apenas a carência de reajustes dos derivados de petróleo a afetar o resultado da Petrobras, cujo balanço do segundo trimestre registrou prejuízo de 1,35 bilhão de reais. O desempenho ruim, mergulho considerável em comparação ao lucro de mais de 10 bilhões do mesmo período de 2011, teve outras razões de peso.
No rol de explicações apresentadas por Graça Foster, presidente da companhia, a primeira da lista foi o impacto da desvalorização do real sobre o passivo da empresa, fortemente influenciado pela cotação do dólar. Não por outro motivo o maior resultado negativo registrado na história da estatal ocorreu em 1999, no rescaldo da maxidesvalorização posterior à reeleição de FHC. Àquela altura, o prejuízo foi de 1,5 bilhão de reais, segundo a consultoria Economática.
Ainda assim, aos poucos o governo deixa entrever sua disposição para aumentar o preço dos combustíveis nos postos. O debate no Planalto parece intenso. Para o ministro Edison Lobão, de Minas e Energia, o aumento virá em breve. Já o ministro da Fazenda, Guido Mantega, também presidente do conselho de administração da Petrobras, garante que não há nada definido até o momento.
 
 
Quando da primeira crise mundial de petróleo, a petrobrás produzia 20% do petróleo que consumiamos, o que provocou um seríssimo processo de endividamento por parte dos Governos Militares. Nesse setor específico esse endividamento era para: 1º- ampliar a capacidade produtiva da empresa; 2º- tornar o país "independente" do produto externo (o que foi concluido nos anos Lula).
Então, temos hoje uma empresa que luta pela defesa de poluidores para resguardar seus interesses produtivos e também usa a desculpa da alta do dólar para seus problemas.
Bom, nos dois casos a unica solução é uma reestruturação da empresa para que essa volte a atender os interesses do país. O dólar alto pode até ter prejudicado a empresa, mas, que ela se reformule para que isso não ocorra, pois o dolár baixo é um entrave bem sério para a economia em vários setores, então beneficiar a petrobrás com sua baixa não deveria nem ser cogitado, ainda mais, usar essa desculpa para seus problemas.
Não podemos esquecer que a petrobrás é uma sociedade mista, e que 44,5% da petrobrás é privada, mas se considerarmos o capital social como um todo, aí a coisa complica, pois a petrobrás é majoritariamente privada com o Governo detendo algo em torno de 49%. 
Enquanto corporação que tem interesses privados em sua estrutura, o principal objetivo é o lucro, e nesse caso independe se esses lucros atendem aos interesses da sociedade como um todo ou não. Daí vermos esse tipo de situação e notícia ser veículada.

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