Faz 19 meses e alguns dias, mas vale a pena rever a entrevista que o agora ministro Franklin Martins, então comentarista político da TV Globo e da CBN, deu a NoMínimo logo no início da longa crise do mensalão, publicada na páginano dia 19 de agosto de 2005 .
Franklin não conseguia, segundo NoMínimo, 25-03-2007, então, enxergar-se no governo de tantos antigos parceiros de militância contra a ditadura:
- Eu ajudo mais o país fazendo um bom jornalismo – acho que faço um bom jornalismo procurando dar ferramentas às pessoas para elas tomarem as posições delas, as definições delas. Sinceramente, não tenho a tentação de estar do outro lado.
O jornalista se afligia com a situação nacional:
- O que existe é um desconforto muito grande, não apenas na geração de 68, mas no país, em tudo que existe de moderno, democrático e, para usar uma palavra da moda, republicano, independentemente de partido político.
E não poupava o partido do governo:
- É evidente que ninguém esperava que o PT – que, durante 25 anos, construiu sua imagem partidária fazendo da questão da ética uma questão central – fosse fazer uma lambança dessa natureza. É estarrecedor que as coisas tenham chegado a esse ponto, mesmo supondo a melhor das hipóteses – que fosse apenas pagamento do caixa 2 de campanha. Mas é um pagamento centralizado, que passa de um partido para outros. Passou de qualquer limite.
Bom analista político, Franklin não deixava, porém, de enxergar o futuro:
- Antes desse escândalo, eu diria que o Lula estava reeleito. Hoje em dia, a eleição dele é extremamente problemática. Ele pode vir a se recuperar, mas vai ter de fazer política. Eu acho que ele vai ter que fazer alianças políticas, não tem jeito. Se o Lula vier a ser reeleito, ele não fará mais um governo do PT, disso eu não tenho dúvida. Ele fará um governo de coalizão – do PT, que seria provavelmente uma ala esquerda do governo, mais enfraquecido, com outros setores. Mas tudo isso é futurologia, é para daqui a um ano e meio.
Franklin não conseguia, segundo NoMínimo, 25-03-2007, então, enxergar-se no governo de tantos antigos parceiros de militância contra a ditadura:
- Eu ajudo mais o país fazendo um bom jornalismo – acho que faço um bom jornalismo procurando dar ferramentas às pessoas para elas tomarem as posições delas, as definições delas. Sinceramente, não tenho a tentação de estar do outro lado.
O jornalista se afligia com a situação nacional:
- O que existe é um desconforto muito grande, não apenas na geração de 68, mas no país, em tudo que existe de moderno, democrático e, para usar uma palavra da moda, republicano, independentemente de partido político.
E não poupava o partido do governo:
- É evidente que ninguém esperava que o PT – que, durante 25 anos, construiu sua imagem partidária fazendo da questão da ética uma questão central – fosse fazer uma lambança dessa natureza. É estarrecedor que as coisas tenham chegado a esse ponto, mesmo supondo a melhor das hipóteses – que fosse apenas pagamento do caixa 2 de campanha. Mas é um pagamento centralizado, que passa de um partido para outros. Passou de qualquer limite.
Bom analista político, Franklin não deixava, porém, de enxergar o futuro:
- Antes desse escândalo, eu diria que o Lula estava reeleito. Hoje em dia, a eleição dele é extremamente problemática. Ele pode vir a se recuperar, mas vai ter de fazer política. Eu acho que ele vai ter que fazer alianças políticas, não tem jeito. Se o Lula vier a ser reeleito, ele não fará mais um governo do PT, disso eu não tenho dúvida. Ele fará um governo de coalizão – do PT, que seria provavelmente uma ala esquerda do governo, mais enfraquecido, com outros setores. Mas tudo isso é futurologia, é para daqui a um ano e meio.
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