Brasil e Itália firmam parceria para produzir etanol em países africanos
Projetos de investimento conjunto devem beneficiar Angola e Moçambique
Chico de Gois e Luiza Damé
BRASÍLIA. Mais uma parceria na produção de etanol e outros combustíveis renováveis foi firmada pelo governo brasileiro. Depois da aliança acertada há três semanas com os Estados Unidos nessa área, os governos do Brasil e da Itália formalizaram ontem um memorando de entendimento que prevê investimentos conjuntos em nações mais pobres, especialmente na África.
Caberá ao Brasil financiar até 30% dos custos, ficando com os italianos o restante. Angola e Moçambique são destinos possíveis da nova parceria entre brasileiros e italianos, firmada durante encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro-ministro da Itália, Romano Prodi.
Além do memorando, foi assinado um acordo entre a Petrobras e a ENI (Ente Nazionale Idrocarburi) para o desenvolvimento conjunto de novas tecnologias de produção de biocombustíveis no Brasil e em outros países. Segundo o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, a ENI tem uma planta-piloto em operação na Itália para processamento de óleo pesado.
- Um dos primeiros pontos desse acordo será o envio de amostras de petróleo pesado para essa planta-piloto. Teremos uma avaliação dos testes, do tipo de nosso petróleo, nessa tecnologia - declarou.
Lula conversou com o primeiro-ministro italiano ainda sobre a Rodada de Doha, na Organização Mundial do Comércio (OMC), e o acordo que está sendo discutido entre Mercosul e União Européia.
- Temos de corrigir as injustiças de um modelo de liberalização comercial que ainda não trouxe os benefícios, tantas vezes prometidos, para a maioria dos membros da OMC - afirmou Lula.
Em seu pronunciamento, Prodi disse que há uma vontade comum de "trabalhar para um mundo mais participativo, onde os países mais atrasados possam ter voz ativa".
Entre 2003 e 2006, a balança comercial entre Brasil e Itália passou de US$3,9 bilhões para US$6,4 bilhões. Mas a relação ainda é pequena. A Sérvia, com cerca de 2 milhões de habitantes, mantém comércio com a Itália superior ao do Brasil.
Hoje, chega ao Brasília a chanceler mexicana, Patricia Espisona, para discutir uma nova agenda bilateral com o Brasil, na primeira reunião da Comissão Binacional. Os temas abrangem a integração energética, a concertação política na região e o ingresso dos mexicanos como membros associados ao Mercosul, como Chile, Peru, Bolívia e Equador. COLABOROU Eliane Oliveira
Projetos de investimento conjunto devem beneficiar Angola e Moçambique
Chico de Gois e Luiza Damé
BRASÍLIA. Mais uma parceria na produção de etanol e outros combustíveis renováveis foi firmada pelo governo brasileiro. Depois da aliança acertada há três semanas com os Estados Unidos nessa área, os governos do Brasil e da Itália formalizaram ontem um memorando de entendimento que prevê investimentos conjuntos em nações mais pobres, especialmente na África.
Caberá ao Brasil financiar até 30% dos custos, ficando com os italianos o restante. Angola e Moçambique são destinos possíveis da nova parceria entre brasileiros e italianos, firmada durante encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro-ministro da Itália, Romano Prodi.
Além do memorando, foi assinado um acordo entre a Petrobras e a ENI (Ente Nazionale Idrocarburi) para o desenvolvimento conjunto de novas tecnologias de produção de biocombustíveis no Brasil e em outros países. Segundo o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, a ENI tem uma planta-piloto em operação na Itália para processamento de óleo pesado.
- Um dos primeiros pontos desse acordo será o envio de amostras de petróleo pesado para essa planta-piloto. Teremos uma avaliação dos testes, do tipo de nosso petróleo, nessa tecnologia - declarou.
Lula conversou com o primeiro-ministro italiano ainda sobre a Rodada de Doha, na Organização Mundial do Comércio (OMC), e o acordo que está sendo discutido entre Mercosul e União Européia.
- Temos de corrigir as injustiças de um modelo de liberalização comercial que ainda não trouxe os benefícios, tantas vezes prometidos, para a maioria dos membros da OMC - afirmou Lula.
Em seu pronunciamento, Prodi disse que há uma vontade comum de "trabalhar para um mundo mais participativo, onde os países mais atrasados possam ter voz ativa".
Entre 2003 e 2006, a balança comercial entre Brasil e Itália passou de US$3,9 bilhões para US$6,4 bilhões. Mas a relação ainda é pequena. A Sérvia, com cerca de 2 milhões de habitantes, mantém comércio com a Itália superior ao do Brasil.
Hoje, chega ao Brasília a chanceler mexicana, Patricia Espisona, para discutir uma nova agenda bilateral com o Brasil, na primeira reunião da Comissão Binacional. Os temas abrangem a integração energética, a concertação política na região e o ingresso dos mexicanos como membros associados ao Mercosul, como Chile, Peru, Bolívia e Equador. COLABOROU Eliane Oliveira
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