Gerente da BR Distribuidora faturou com vazamento no caso Ipiranga
Um dos supostos beneficiados por lucros obtidos em bolsa de valores com uso de informação privilegiada da venda do Grupo Ipiranga para o consórcio Petrobrás/Ultra/Braskem é funcionário de carreira da estatal e ocupava o cargo de gerente executivo na BR Distribuidora. As investigações correm sob segredo de Justiça. Por isso, ainda não há confirmação oficial sobre a participação do executivo, responsável pelo segmento de distribuição de querosene de aviação. A notícia é dos jornais O Estado de S. Paulo, Valor e Folha de S. Paulo, 27-03-2007.
Rumores na estatal e de fontes do setor apontam, porém, que o funcionário teria ganho em torno de R$ 900 mil com o investimento, feito nos dias 13 e 14 de março. Os papéis teriam sido vendidos logo após a confirmação da compra, no dia 19. O gerente, que estava cedido pela Petrobrás à sua subsidiária de distribuição de combustíveis, havia ocupado anteriormente a gerência de Produtos Químicos, responsável pela venda e distribuição de insumos e serviços para a indústria química e petroquímica.
O funcionário da Petrobrás é apenas um dentre os 26 investidores - pessoas físicas e jurídicas - investigados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no caso. A venda da Ipiranga, por US$ 4 bilhões, formalizada no dia 19 de março, foi precedida por uma semana atípica de movimentação com papéis das empresas do grupo, que tinham historicamente negociação inexpressiva na Bolsa de Valores de São Paulo.
Em uma semana, as ações ordinárias da Refinaria Ipiranga, por exemplo, giraram R$ 23,990 milhões, mais do que o dobro do registrado nos três meses imediatamente anteriores, de 2 de janeiro a 9 de março: R$ 11,605 milhões. Um fundo já identificado nas investigações, com sede em Delaware, nos Estados Unidos, movimentou R$ 3,3 milhões.
O presidente da CVM, Marcelo Trindade, recusou-se ontem a confirmar a identidade do suspeito. “Não vamos tratar sobre especulações”, desconversou, alegando segredo de Justiça. A autarquia, em operação conjunta com o Ministério Público Federal, já conseguiu o bloqueio de quatro contas sob suspeição e não descarta novas medidas semelhantes.
No início da noite, pouco antes de embarcar para São Paulo, onde participaria de um programa de TV, o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, recusou-se a comentar o assunto. O executivo demonstrou contrariedade ao ser abordado no Aeroporto Santos Dumont. Na sexta-feira, por meio de sua assessoria de imprensa, Gabrielli afirmara que a comprovação de participação de qualquer funcionário da companhia no episódio levaria a uma “punição exemplar”.
No mesmo dia, a empresa anunciou a criação de uma comissão de sindicância para apurar as denúncias da CVM. A comissão reuniu-se pela primeira vez ontem, mas a companhia não quis comentar o resultado do encontro. Já a CVM estipulou o prazo de 90 dias para finalizar as investigações e enviar o caso à Justiça. Se comprovado o uso de informação privilegiada, os acusados estarão sujeitos a até cinco anos de prisão.
Rumores na estatal e de fontes do setor apontam, porém, que o funcionário teria ganho em torno de R$ 900 mil com o investimento, feito nos dias 13 e 14 de março. Os papéis teriam sido vendidos logo após a confirmação da compra, no dia 19. O gerente, que estava cedido pela Petrobrás à sua subsidiária de distribuição de combustíveis, havia ocupado anteriormente a gerência de Produtos Químicos, responsável pela venda e distribuição de insumos e serviços para a indústria química e petroquímica.
O funcionário da Petrobrás é apenas um dentre os 26 investidores - pessoas físicas e jurídicas - investigados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no caso. A venda da Ipiranga, por US$ 4 bilhões, formalizada no dia 19 de março, foi precedida por uma semana atípica de movimentação com papéis das empresas do grupo, que tinham historicamente negociação inexpressiva na Bolsa de Valores de São Paulo.
Em uma semana, as ações ordinárias da Refinaria Ipiranga, por exemplo, giraram R$ 23,990 milhões, mais do que o dobro do registrado nos três meses imediatamente anteriores, de 2 de janeiro a 9 de março: R$ 11,605 milhões. Um fundo já identificado nas investigações, com sede em Delaware, nos Estados Unidos, movimentou R$ 3,3 milhões.
O presidente da CVM, Marcelo Trindade, recusou-se ontem a confirmar a identidade do suspeito. “Não vamos tratar sobre especulações”, desconversou, alegando segredo de Justiça. A autarquia, em operação conjunta com o Ministério Público Federal, já conseguiu o bloqueio de quatro contas sob suspeição e não descarta novas medidas semelhantes.
No início da noite, pouco antes de embarcar para São Paulo, onde participaria de um programa de TV, o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, recusou-se a comentar o assunto. O executivo demonstrou contrariedade ao ser abordado no Aeroporto Santos Dumont. Na sexta-feira, por meio de sua assessoria de imprensa, Gabrielli afirmara que a comprovação de participação de qualquer funcionário da companhia no episódio levaria a uma “punição exemplar”.
No mesmo dia, a empresa anunciou a criação de uma comissão de sindicância para apurar as denúncias da CVM. A comissão reuniu-se pela primeira vez ontem, mas a companhia não quis comentar o resultado do encontro. Já a CVM estipulou o prazo de 90 dias para finalizar as investigações e enviar o caso à Justiça. Se comprovado o uso de informação privilegiada, os acusados estarão sujeitos a até cinco anos de prisão.
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