"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

terça-feira, julho 22, 2008

RADIOGRAFIA DO PiG: ATTUCH, JARDIM, MAINARDI, GUILHERME BARROS

Conversa Afiada - 21/07/2008 12:11

. O Supremo Presidente Gilmar Mendes, o Ministro Abelardo Jurema (da Justiça), o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (do PT de São Paulo – PT de São Paulo ?, opa, cuidado !), os editorialistas do PiG, o Dr. Toron (aquele da algema: bom era quando algema era para pobre, preto e p...) – esses são os que condenam de forma veemente o vazamento de informações para a imprensa.

. Obter um vazamento é uma obrigação do jornalista.

. No Brasil, onde a elite branca (e separatista, no caso da elite de São Paulo) e o PiG se protegem atrás de falsas premissas moralistas, o vazamento é pecado.

. O vazamento da jornalista Andrea Michael da Folha (da Tarde *), que deu a dica para Daniel Dantas se proteger com o Supremo Presidente Gilmar Mendes, esse, para o PiG, é um direito inalienável da imprensa livre.

. Os outros vazamentos, que mostram os ricos na hora em que são algemados – isso, não !

. Isso atenta contra a liberdade de imprensa (*2).

. O vazamento faz parte daquela escola famosa: “o sol é o melhor desinfetante”.

. Nos Estados Unidos, uma das páginas mais nobres da imprensa, foi quando o New York Times publicou os “Papéis do Pentágono”, vazados por Daniel Elsberg, a quem a elite branca de lá chamou de “desequilibrado”, “passional”, “destemperado”, “exibicionista” ...

. Os “Papéis do Pentágono” revelaram a estratégia – desastrada – do Pentágono na Guerra do Vietnã.

. E ajudaram a acabar com a Guerra.

. Clique aqui para ler.

. A partir dessa premissa – “o sol é o melhor desinfetante” – o Conversa Afiada reproduz abaixo trechos selecionados do relatório de 7000 páginas que a Polícia Federal encaminhou à Justiça, sobre o nobre papel da mídia brasileira – leia-se PiG – nos crimes de Daniel Dantas e sua quadrilha.

. E se limita a isso: não faz nenhum comentário.

. Note, caro leitor, que esse trecho do documento que vazou para o Conversa Afiada não “abre” outros documentos que estão inacessíveis. O Conversa Afiada obteve trechos selecionados – veja bem, selecionados – da análise, em texto, do que os documentos inacessíveis contêm.

Em tempo: onde se lê “Guilherme Bastos” leia-se “Guilherme Barros”, aquele que deu a manchete na primeira página da Folha, de fora a fora, para fechar o negócio da “BrOi”...


(*) Já estava na hora de a Folha tirar os cães de guarda do armário e confessar, como fez a Folha, que foi “Cão de Guarda” do regime militar. Instigado pelo Azenha – clique aqui para ir ao Viomundo – acabei de ler o excelente livro “Cães de Guarda – jornalistas e censores do AI-5 à Constituição de 1989”, de Beatriz Kushnir, Boitempo Editorial, que trata das relações especiais da Folha (e a Folha da Tarde) com a repressão dos anos militares. Octavio Frias Filho, publisher da Folha (da Tarde), não quis dar entrevista a Kushnir.

(*2) Como diz uma jovem Procuradora da República, no Brasil, a liberdade DE imprensa é a liberdade DA imprensa ...

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