Li ontém o editorial de Mino Carta na última Carta Capital. Não é por ser leitor da revista e considerá-la a melhor publicação nacional no momento que concordo com tudo que foi escrito na mesma.
Mino para mim incorre em algumas comparações falhas. Primeiro diferencia Cesare Battisti de outros da nossa "Resistência" (grafado como no original). Creio que a motivação da diferença seja política, pois os citados encontram-se em lados opostos. Mas, pensando-se em liberdade, em direito a soberania, ao trabalho, à criar os filhos com dignidade, não seria o caso de se retirar também o nome de terroristas de grupos como o IRA, o ETA, o Hammas e Hezbollah que lutam por essas bandeiras "democráticas"?
Gostaria de ressaltar o fato de que a nossa "Resistência" entrou na luta armada por motivação interna, ninguém os obrigou a fazer isso. Quando se entra em uma situação deste tipo sabe-se de antemão as consequências, principalmente quando usam de mecanismos como tortura e terrorismo também, que causaram a morte tanto de militares quanto de civis. Por sinal há uma charge de Carlos Latuff na revista que esquece de assinalar que houveram sim torturados e executados do lado militar também.
A situação dos diversos grupos de direitos humanos deveria ser melhor analisada. Em seu artigo a Dolarização do Conhecimento Técnico e do Estado, Yves Dezalay e Briant Garth demonstram como ocorreu o surgimento desses grupos a partir da perda de prestígio político por parte dos graduados em direito que dominaram a política durante séculos e que a perderam pelos tecnocratas da economia e administração, tendo buscado refúgio em uma nova área que os colocasse novamente em destaque, no caso os direitos humanos. Então na realidade tudo faz parte de um jogo de interesses próprios e políticos. Nem tudo é voltado para atender somente os interesses do povo.
Com relação ao exemplo de outros países citado por Mino Carta, realmente nunca ouvi falar de nenhuma rua ou avenida com nome de Mussolini ou Hitler, mas há avenidas e talvez praças com o nome de Gen Custer na maior democracia do mundo, Napoleão no berço da civilização que influenciou o ocidente com suas revoluções, entre outros exemplos que não vou me estender, pessoas que em seus países ou vizinhos mataram, torturaram e perseguiram grandes populações. No caso de Napoleão basta ler o Príncipe de Maquiavel com as anotações de Napoleão.
Buscando colocar outras visões sobre o editorial, resolvi publicar essa postagem.
Mino para mim incorre em algumas comparações falhas. Primeiro diferencia Cesare Battisti de outros da nossa "Resistência" (grafado como no original). Creio que a motivação da diferença seja política, pois os citados encontram-se em lados opostos. Mas, pensando-se em liberdade, em direito a soberania, ao trabalho, à criar os filhos com dignidade, não seria o caso de se retirar também o nome de terroristas de grupos como o IRA, o ETA, o Hammas e Hezbollah que lutam por essas bandeiras "democráticas"?
Gostaria de ressaltar o fato de que a nossa "Resistência" entrou na luta armada por motivação interna, ninguém os obrigou a fazer isso. Quando se entra em uma situação deste tipo sabe-se de antemão as consequências, principalmente quando usam de mecanismos como tortura e terrorismo também, que causaram a morte tanto de militares quanto de civis. Por sinal há uma charge de Carlos Latuff na revista que esquece de assinalar que houveram sim torturados e executados do lado militar também.
A situação dos diversos grupos de direitos humanos deveria ser melhor analisada. Em seu artigo a Dolarização do Conhecimento Técnico e do Estado, Yves Dezalay e Briant Garth demonstram como ocorreu o surgimento desses grupos a partir da perda de prestígio político por parte dos graduados em direito que dominaram a política durante séculos e que a perderam pelos tecnocratas da economia e administração, tendo buscado refúgio em uma nova área que os colocasse novamente em destaque, no caso os direitos humanos. Então na realidade tudo faz parte de um jogo de interesses próprios e políticos. Nem tudo é voltado para atender somente os interesses do povo.
Com relação ao exemplo de outros países citado por Mino Carta, realmente nunca ouvi falar de nenhuma rua ou avenida com nome de Mussolini ou Hitler, mas há avenidas e talvez praças com o nome de Gen Custer na maior democracia do mundo, Napoleão no berço da civilização que influenciou o ocidente com suas revoluções, entre outros exemplos que não vou me estender, pessoas que em seus países ou vizinhos mataram, torturaram e perseguiram grandes populações. No caso de Napoleão basta ler o Príncipe de Maquiavel com as anotações de Napoleão.
Buscando colocar outras visões sobre o editorial, resolvi publicar essa postagem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário