"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

terça-feira, fevereiro 16, 2010

Cooperação Monetária e Financeira: O Que é Bom para a Ásia Também é para a América Latina?

Cepal

Renato Baumann e Carlos Mussi

Este artigo procura tornar explícita a existência de diferenças expressivas entre as experiências dos países asiáticos e latino-americanos no que se refere à cooperação monetária e financeira. A conjuntura econômica recente apesar das economias da América Latina apresentarem características positivas nos últimos anos - taxas de crescimento da produção a níveis razoáveis, superávits em conta corrente, prudência na gestão fiscal, menor endividamento e melhor qualidade da dívida, geração de postos de trabalho de melhor qualidade e acumulação de ativos externos, entre outras –, elas não sairão imunes das turbulências no mercado internacional. Desde antes da crise do mercado imobiliário dos Estados Unidos, no ano passado, a CEPAL chamava a atenção para algumas fontes de preocupação, como as previsões de desaceleração da economia mundial, a aceleração da taxa de inflação (com efeitos drásticos, sobretudo para algumas economias da Região, importadoras de alimentos e produtos energéticos), a piora nas relações de troca para diversos países, a desaceleração das exportações e a redução das remessas de migrantes, num contexto de gastos públicos excessivamente ‘pró-cíclicos’. A partir do momento em que os efeitos da crise começaram a se fazer sentir, através da redução das linhas de crédito e dos preços de algumas commodities, e que se passou a prever um cenário de menor dinamismo exportador, além de menor disponibilidade de recursos para investimentos, os governos latino-americanos começaram a buscar alternativas de defesa. Em particular, os países da América do Sul reforçaram – a exemplo do início dos anos 1980s – seu compromisso com o aprofundamento do processo de integração regional e a busca de soluções compartilhadas. Essa estratégia motiva o debate sobre como aprofundar o processo de integração regional, promover cooperação monetária e financeira a nível regional, de modo a prover liquidez em divisas e, ao mesmo tempo, criar mecanismos para a provisão de capitais de maturidade mais elevada, necessários para o financiamento de projetos de maior dimensão. A aparente intensificação de esforços sendo desenvolvidos na América Latina, no sentido de promover um grau mais elevado de complementaridade entre as economias da Região, certamente pode se beneficiar do aprendizado, a partir da experiência asiática. O que procuramos mostrar aqui, contudo, é que o exemplo asiático deve boa parte do seu sucesso a condições específicas não encontradas hoje na América Latina.

O artigo completo pode ser baixado a partir do link abaixo:

http://www.eclac.org/cgi-bin/getprod.asp?xml=/publicaciones/sinsigla/xml/0/34680/P34680.xml&xsl=/brasil/tpl/p10f.xsl&base=/brasil/tpl/top-bottom.xsl

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