"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

terça-feira, fevereiro 16, 2010

Iúlia Timochenko não reconhece legitimidade de eleição de Victor Ianukovitch

darussia.blogspot.com - Sábado, Fevereiro 13, 2010



Iúlia Timochenko, primeira-ministra ucraniana derrotada nas presidenciais de domingo passado, considera que Victor Ianukovitch não foi legitimamente eleito Presidente da Ucrânia.

“Quero declarar claramente: Ianukovitch não é o nosso Presidente. E independentemente das circunstâncias futuras, ele jamais se tornará o Presidente da Ucrânia legitimamente eleito”, afirma Timochenko, numa mensagem ao povo publicada no seu sítio pessoal na Internet.

Porém, Timochenko promete não permitir confrontos e não trazer os seus apoiantes para a rua.

“Não irei convocar manifestações e não permitirei confrontos civis públicos. A Ucrânia nunca precisou tanto de estabilidade e calma”, acrescenta.

A primeira-ministra promete recorrer aos tribunais para contestar os resultados das presidenciais.

“Conheço muito bem, tal como vocês, a qualidade do trabalho dos nossos tribunais. Mas, ao mesmo tempo, a minha responsabilidade perante vós, perante o país obriga-me a lutar pelo restabelecimento da justiça. Tomei a única decisão possível: contestar os resultados das eleições no trinbunal”, anunciou.

“Na Ucrânia, em geral, as envergaduras possíveis das falsificações constituem mais de um milhão de votos. Esses votos eram absolutamente suficientes para a nossa vitória”, frisa Timochenko.

Segundo dados da Comissão Eleitoral da Ucrânia, Victor Ianukovitch venceu com 48,95 por cento dos votos (cerca de 12,5 milhões), tendo Timochenko conseguido 45,47 (cerca de 11,5 milhões).

Hoje, o Bloco de Iúlia Timochenko apresentou à Comissão Central da Ucrânia 52 queixas de violação da lei eleitoral, mas elas só começarão a ser analisadas no domingo.

Analistas políticos consideram que a declaração de Timochenko é meio reconhecimento da sua derrota. A probabilidade de ganhar nos tribunais é praticamente nula e os dirigentes internacionais, incluindo o Presidente Cavaco Silva, já felicitaram Ianukovitch. Só lhe resta continuar a pressão para não perder tudo.

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