"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

Instituto Humanitas Unisinos - 18 fev 10

Muitos dos países ricos doadores não vão cumprir suas promessas, feitas cinco anos atrás, de aumentar a assistência ao mundo em desenvolvimento, de acordo com análise do órgão que monitora essa ajuda.

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), instituto intergovernamental baseado em Paris, publicou um relatório ontem no qual prevê que seus países-membros mais ricos doarão US$ 107 bilhões em ajuda neste ano, no equivalente ao câmbio de 2004. Mas as promessas feitas em 2005 no encontro dos países do G-8 em Gleneagles, na Escócia, diziam que o total chegaria a perto de US$ 130 bilhões agora.

A reportagem é de Alan Beattie, do Financial Times, e publicada pelo jornal Valor, 18-02-2010.

Um esboço das conclusões do relatório, visto pelo "Financial Times", diz que a promessa feita por 15 países da União Europeia de aumentar a ajuda internacional para pelo menos 0,51% da renda nacional (PIB) não seria cumprida França, Alemanha, Áustria, Portugal, Grécia e Itália. A ajuda italiana em 2010 deve ficar perto de 0,19% de sua renda nacional, disse a OCDE. Roma vem sendo fortemente criticada por ficar muito atrás de sua promessa inicial.

Max Lawson, assessor da Oxfam, ONG internacional de auxílio humanitário, disse: "Isso é um indicador de que os países ricos acham dinheiro para salvar seus bancos, mas não para salvar vidas".

EUA, Canadá, Austrália e Nova Zelândia devem alcançar suas metas, enquanto o Japão deve ficar um pouco abaixo, disse a OCDE.

Ángel Gurria, o secretário-geral da OCDE, disse em seu comentário no relatório: "A maior parte dos doadores está reconhecendo suas responsabilidades internacionais. Entretanto alguns estão diminuindo muito seus comprometimentos e outros estão deixando de cumprir suas promessas".

A OCDE disse que, da diferença total de US$ 21 bilhões entre o prometido e o doado, a maior parte, US$ 17 bilhões, resulta da falta de cumprimento das metas. Só US$ 4 bilhões se dariam por causa da redução da renda nacional dos países em consequência da crise econômica global.

E ainda tem um bando de golpistas que defendem os interesses políticos-econômicos do IPCC. Quem vai pagar as contas da mudança do modelo energético propostos pelos interesseiros do IPCC, esses países acima? ou as populações com acréscimos dos seus endividamentos?

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