"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

domingo, junho 20, 2010

Organização do Tratado de Segurança Coletiva admite envio de forças militares para o sul do Quirguistão

darussia.blogspot - 14 jun 10



Representantes da Organização do Tratado de Segurança Coletiva, que estiveram reunidos na capital russa, não excluíram o emprego de todo o leque de meios de que dispõe a OTSC para estabilizar a situação no país, dependendo do desenrolar da situação.
“Não excluímos o emprego de qualquer dos meios de que a OTSC dispõe e cujo emprego irá depender do desenvolvimento da situação no Quirguistão”, declarou Nikolai Patruchev, secretário do Conselho de Segurança da Rússia, depois da reunião.
“Acordamos as medidas a tomar e comunicámo-las ao presidentes dos Estados da OTSC. Esperamos que essas medidas sejam rapidamente acordadas entre eles”, acrescentou.
Os representantes da OTSC manifestaram preocupação pelo “aumento do número de vítimas dos conflitos” e lançaram um apelo para que “o governo provisório quirguize tome medidas extraordinárias para normalizar a situação”.
Além da Rússia, essa organização reúne a Arménia, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão e Uzbequistão, estando os últimos quatro países situados na Ásia Central.
Azimbek Beknazarov, vice-primeiro ministro do governo provisório quirguize, declarou que a situação nas regiões de Jalal-Abad e Suzaks se começa a estabilizar.
“Ao fim da tarde de segunda-feira, a situação começou a estabilizar-se, as partes do confronto acordaram pôr fim ao conflito”, declarou.
Segundo ele, dirigentes das comunidades quirguize e uzbeque “acordaram o desarmamento das partes, a organização do patrulhamento conjunto (polícia, representantes das duas comunidades) das regiões onde vivem uzbeques e quirguizes, para evitarem novos conflitos”.
Segundo dados oficiais, os confrontos entre quirguizes e uzbeques no sul do país provocaram a morte de 124 pessoas, as organizações não governamentais sobem esse número para mais de 200 e dirigentes da comunidade uzbeque do Quirguistão, citados pela agência Interfax, falam em 700. O número de feridos já ultrapassou os mil e quinhentos.
São também divergentes as informações sobre o número de refugiados. O governo de Bichkek fala de 60 mil uzbeques que procuraram refúgio no Uzbequistão; a Cruz Vermelha avança o número de 80 mil e os dirigentes da comunidade uzbeque falam em mais de 100 mil.

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