"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música"
Friedrich Nietzsche

terça-feira, junho 22, 2010

Pesquisa mostra que Dilma tem 29% em São Paulo

Site do Azenha - 21 de junho de 2010 às 11:01

Domingo, 20 de junho de 2010 – 09:26

43% dos paulistas preferem Serra

Pesquisa Ipespe/DIÁRIO revela que eleição presidencial desperta mais interesse dos paulistas que a estadual

REGIANE SOARES VON ATZINGEN, no Diário de São Paulo

Os paulistas estão mais interessados na eleição presidencial do que na disputa para governador. Segundo a pesquisa realizada pelo Ipespe a pedido do DIÁRIO, 29% dos eleitores do estado de São Paulo já decidiram em quem vão votar para presidente e, se a eleição fosse hoje, 43% dos entrevistados votariam no ex-governador José Serra (PSDB) e 29% na ex-ministra Dilma Rousseff (PT). A senadora Marina Silva (PV) aparece em terceiro, com 12% das intenções de voto. Já na disputa ao governo paulista, apenas 13% dos eleitores definiram o candidato.

Na pesquisa espontânea, a diferença entre Serra e Dilma é de 5 pontos: o tucano tem 25% do eleitorado e a petista, 20%. Como a margem de erro é de 3,2 pontos percentuais, para mais ou para menos, ambos estão empatados tecnicamente em primeiro lugar. Marina é lembrada por 5% dos eleitores. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não está na disputa, foi citado por 4% dos eleitores.

Segundo o sociólogo Antonio Lavareda, do Ipespe, os números da votação espontânea estão bastante altos para um período de pré-campanha, o que mostra que os eleitores já estão mais definidos para a disputa presidencial do que para a estadual. Segundo o levantamento, 80% dos eleitores não estão com o voto para governador consolidado, e podem mudar de opinião. Já na disputa presidencial, 62% dos entrevistados disseram que podem mudar o voto durante a campanha eleitoral.

A petista é a candidata que possui mais eleitores que já decidiram seu voto e não mudam mais até a data da eleição. Enquanto 50% dos eleitores de Dilma dizem que ainda vão esperar a campanha para definir o voto, esse número é de 62% para Serra e 63% para Marina.

Lavareda também ressaltou a importância do eleitorado paulista para definir a eleição presidencial. Segundo ele, somente em duas ocasiões o candidato a presidente que ganhou a eleição no estado de São Paulo não venceu a disputa nacional: Juscelino Kubitschek, em 1955, e Geraldo Alckmin (PSDB), em 2006.

A pesquisa também mostrou que Marina vai melhor em São Paulo entre os eleitores com maior escolaridade e renda, enquanto Serra tem a preferência dos jovens de 16 a 24 anos, mas piora no Ensino Médio e no Superior. Dilma tem melhor desempenho entre os que têm Ensino Médio e baixa renda.

Segundo turno

A pesquisa Ipespe/DIÁRIO também simulou um segundo turno entre Serra e Dilma. Segundo o levantamento, o tucano vence a disputa com 50%, contra 35% da petista.

Segundo o levantamento, Serra obtém a grande maioria dos votos de Marina: 47% dos entrevistados que declararam voto em Marina no primeiro turno afirmam votar em Serra no segundo, contra 27% que declaram voto em Dilma.

O Ipespe também perguntou aos eleitores quem vai ganhar a eleição para presidente em São Paulo. Para 43% dos entrevistados, Serra sairá vitorioso e 33% apostam em Dilma. Somente 5% acreditam que Marina vencerá as eleições e 18% não sabem.

Para Marta, que lidera Senado, o que vale é a eleição
A ex-prefeita Marta Suplicy (PT), líder da pesquisa de intenções de voto para o Senado divulgada ontem e realizada pelo Ipespe exclusivamente para o DIÁRIO, comemora a preferência de 38% dos paulistas entrevistados, mas não nega que o resultado ainda pode mudar até o dia das eleições. “A pesquisa é um retrato do momento porque o que vale mesmo é o dia da eleição”, afirmou ela.

No segundo lugar e com 17% das intenções de voto — empatado com Orestes Quércia do (PMDB) — o cantor e ex-vereador Netinho de Paula ficou surpreendido com o próprio resultado. “Fiquei ainda mais feliz por saber que estou atrás dá Marta porque quero que nós dois ganhemos juntos”, contou ele no dia da oficialização de sua candidatura pelo PC do B.

Empolgado com a possibilidade de conquistar uma cadeira no Senado, ele já faz planos para o início da sua campanha. “Vou começar a reunir todos os ‘manos’ do estado visitando os municípios. Além disso, vou focar os discursos no investimento para a educação, ONGs e desenvolvimento do interior paulista”, salientou Netinho.

O ex-governador Orestes Quércia (PMDB) também afirma ter ficado satisfeito com o resultado. “Os dados são expressivos e nos incentivam a continuar o trabalho que estamos fazendo há mais de 30 anos pelo estado de São Paulo”, disse.

Em terceiro lugar está o senador e candidato à reeleição Romeu Tuma (PTB), com 16% das intenções de voto.

Com apenas 8% das intenções de voto, a ex-vereadora Soninha Francine (PPS) acredita que até o dia das eleições muitas coisas ainda podem mudar. “Se 59% das pessoas não sabem em quem votar, os resultados podem ser totalmente diferentes no final”, acredita ela.

Para ganhar mais votos, Soninha — que ainda não oficializou a sua candidatura — afirma que vai andar por todas as cidades do estado para ser conhecida pela população. “O primeiro passo para uma boa campanha é que as pessoas conheçam os candidatos e suas propostas”, afirma.

Já o vereador Gabriel Chalita (PSB) — com 9% das intenções de voto — só vai comentar o resultado da pesquisa após a confirmação de sua candidatura, no próximo domingo, dia 27, em uma convenção do partido.

Foram 1.600 entrevistas no estado

A pesquisa Ipespe/DIÁRIO foi realizada por telefone entre os dias 9 e 11 de junho deste ano. Foram entrevistadas 1.600 pessoas em cem municípios do estado de São Paulo. Foram realizadas 600 entrevistas na capital e mil em 99 cidades do interior do estado. A margem de erro do levantamento do Ipespe é de 3,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 15195/2010 e no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) com número 35974/2010.

Segundo o filósofo Rodrigo Queiroz, responsável pelo levantamento, as entrevistas por telefone proporcionam maior rapidez na sua realização e na tabulação dos dados, sem a necessidade de deslocamento dos pesquisadores até a residência das pessoas.

Queiroz também ressaltou que as entrevistas por telefone facilitam o acesso às residências, o que pessoalmente não seria possível de ser realizado por causa da dificuldade de ser recebido em certas regiões da cidade.

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