Tensão entre Argentina e Inglaterra tende a se ampliar, diz analista
As Malvinas serão o pivô do crescimento da tensão entre Argentina e Grã-Bretanha ao longo dos próximos meses. A afirmação é do analista Rosendo Fraga, diretor do Centro de Estudos Nueva Mayoría, que sustenta que o presidente Néstor Kirchner optou por deixar de lado a política de aproximação diplomática sutil aplicada nos anos 90 pelo então presidente Carlos Menem e passou a aplicar um estilo mais agressivo. A notícia é do jornal O Estado de S. Paulo, 3-04-2007.
Na semana passada, o governo Kirchner anunciou medidas de retaliação a empresas petrolíferas que realizam explorações - sob legislação britânica - na plataforma marítima das Malvinas. Além disso, aplicou restrições à pesca na região ao redor das ilhas que considera como parte da Argentina. O governo britânico retrucou, estendendo a vigência de licenças para pesca, “o que mostra a decisão de manter uma posição firme” diante da Argentina, explica Fraga. “A estratégia argentina se concentra em conseguir com que a Grã-Bretanha aceite discutir a soberania das ilhas, mas dificilmente será bem-sucedida em curto prazo”.
A política de Kirchner representa uma guinada drástica em relação ao estilo aplicado nos anos 90 pelo governo Menem (1989-99) - que deixou de lado o discurso agressivo e passou aplicar o que seu chanceler, Guido Di Tella, denominou de “política da sedução”, para aproximar-se dos kelpers. Di Tella chegou a propor aos ilhéus que aceitassem a cidadania argentina em troca de US$ 1 milhão.
Além disso, enviou vídeos do desenho animado Winnie The Pooh - o “Ursinho Puff” - aos kelpers. Indagado na época sobre os efeitos da estratégia, Di Tella argumentou que “esta simpática figurinha (o ursinho) enaltece os valores da amizade”. Di Tella também enviou bichinhos de pelúcia aos 3 mil kelpers.
Os kelpers recusaram o dinheiro oferecido e enviaram os vídeos e bichinhos de pelúcia para as crianças órfãs da Bósnia. Menem também ofereceu aos kelpers a possibilidade de que as ilhas se convertessem num grande centro para o estudo da língua inglesa “não só para os argentinos, mas para todos os estudantes do Mercosul”.
Na semana passada, o governo Kirchner anunciou medidas de retaliação a empresas petrolíferas que realizam explorações - sob legislação britânica - na plataforma marítima das Malvinas. Além disso, aplicou restrições à pesca na região ao redor das ilhas que considera como parte da Argentina. O governo britânico retrucou, estendendo a vigência de licenças para pesca, “o que mostra a decisão de manter uma posição firme” diante da Argentina, explica Fraga. “A estratégia argentina se concentra em conseguir com que a Grã-Bretanha aceite discutir a soberania das ilhas, mas dificilmente será bem-sucedida em curto prazo”.
A política de Kirchner representa uma guinada drástica em relação ao estilo aplicado nos anos 90 pelo governo Menem (1989-99) - que deixou de lado o discurso agressivo e passou aplicar o que seu chanceler, Guido Di Tella, denominou de “política da sedução”, para aproximar-se dos kelpers. Di Tella chegou a propor aos ilhéus que aceitassem a cidadania argentina em troca de US$ 1 milhão.
Além disso, enviou vídeos do desenho animado Winnie The Pooh - o “Ursinho Puff” - aos kelpers. Indagado na época sobre os efeitos da estratégia, Di Tella argumentou que “esta simpática figurinha (o ursinho) enaltece os valores da amizade”. Di Tella também enviou bichinhos de pelúcia aos 3 mil kelpers.
Os kelpers recusaram o dinheiro oferecido e enviaram os vídeos e bichinhos de pelúcia para as crianças órfãs da Bósnia. Menem também ofereceu aos kelpers a possibilidade de que as ilhas se convertessem num grande centro para o estudo da língua inglesa “não só para os argentinos, mas para todos os estudantes do Mercosul”.
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