O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse ontem em Roma que não existem dificuldades para equacionar o financiamento do campo de Tupi, maior descoberta da história da companhia, anunciada na semana passada. Localizada na bacia de Santos, a reserva de Tupi é explorada pela Petrobras em sociedade com a portuguesa Galp e a britânica BG. Embora não fale ainda em cifras, o executivo disse que "dinheiro não é problema" para desenvolver a descoberta. A reportagem é de Pedro Soares e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 13-11-2007.
O entrave, porém, pode surgir se o preço do petróleo baixar muito e tornar a reserva inviável comercialmente. Indagado se uma queda brusca das cotações do barril de petróleo poderia levar a estatal a desistir do projeto, Gabrielli afirmou: "No nosso plano estratégico, o valor usado é de US$ 35 o barril para gerar valor presente líquido positivo".
Segundo o executivo, esse valor é a referência do plano de negócios em vigor neste ano, que sempre é revisto anualmente. Gabrielli disse, no entanto, que ainda não foram feitos cálculos precisos sobre o valor do óleo que torna o projeto viável economicamente.
Os números já conhecidos sobre o campo, porém, são muito altos para o padrão de custos da indústria petrolífera no Brasil. No primeiro poço perfurado, foram gastos US$ 240 milhões. No segundo, o valor baixou para US$ 170 milhões, segundo o executivo. Para Gabrielli, porém, foi um investimento bastante proveitoso. "'É a segunda maior descoberta do mundo, atrás apenas de outra no Cazaquistão. É o dobro da descoberta de Marilm, que é o maior em operação no Brasil atualmente."
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