A crise subprime pegou o Citigroup em cheio nos Estados Unidos, mas não abalou a instituição no Brasil. Quinta-feira, um analista do Goldman Sachs antecipou que o grupo poderia registrar uma baixa contábil de mais de US$ 9 bilhões só no segundo trimestre nos EUA. A reportagem é do Jornal do Brasil, 29-06-2008.
No Brasil, no entanto, o banco mantém 7 mil funcionários, 400 mil contas de clientes, perto de 6 milhões de cartões e ativos da ordem de R$ 25 bilhões, de acordo com dados da própria instituição.
O desempenho das 123 filiais do Citibank no Brasil tem ajudado o conglomerado a driblar a turbulência do setor imobiliário americano. Ano passado, o banco faturou aqui e remeteu para a matriz R$ 1,72 bilhão. Foi o maior lucro dos 93 anos do Citi no Brasil e correspondeu a quase um terço de todo o rendimento da companhia no planeta. O número era tão expressivo que o presidente da instituição no Brasil, Gustavo Marin, declarou, em março:
– Somos a menina-dos-olhos do Citi no mundo. As taxas de crescimento são elevadas em todas as áreas. Há um avanço muito forte das operações da financeira (CitiFinancial), voltadas para as classes C e D. Mas os empréstimos pessoais feitos nas nossas agências também têm tido crescimento expressivo.
Recordes
Bons resultados não são privilégio do Citi. Os bancos lideram com folga as remessas de lucros e dividendos para as matrizes no exterior. De acordo com dados do Banco Central brasileiro divulgados recentemente, as instituições financeiras foram responsáveis por 25,1% de todas as remessas do primeiro quadrimestre, ou o correspondente a US$ 2,285 bilhões.
No ano passado, o banco britânico HSBC registrou lucro líquido de R$ 1,24 bilhão no país, o que representa um crescimento de 31% em relação ao ano anterior.
O espanhol Santander também apresentou números recordes: R$ 1,86 bilhão, com uma alta de 48% sobre os R$ 1,26 bilhão obtidos no ano anterior. No mundo, o grupo financeiro ganhou US$ 13,23 bilhões, 19,3% a mais que no ano anterior.
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