O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, realizará uma visita de trabalho, nos dias 28 e 29 de Dezembro, ao Extremo Oriente, nomeadamente para inaugurar o oleoduto Sibéria Oriental-Pacífico, anunciou no Domingo o serviço de imprensa do Governo.
“Durante a sua estadia em Nakhodka, Vladimir Putin participará na cerimónia da inauguração do oleoduto Sibéria Oriental-Pacífico. O primeiro-ministro visitará o ponto final do pipeline, o porto Kozmino (Pacífico), a partir do qual se realizará a primeira carga de petróleo destinado aos países da Região Asiática do Pacífico”, lê-se num comunicado do serviço de imprensa.
O oleoduto Sibéria Oriental – Pacífico (VSTO-1) deverá transportar petróleo russo para os países do Sudeste Asiático. A primeira etapa da obra previa a construção de um terminal petrolífero em Kozmino, com uma capacidade de 30 milhões de toneladas de crude por ano. Após a realização da segunda etapa, a construção do pipeline VSTO-2, as capacidades de escoamento aumentarão para 80 milhões de toneladas por ano.
Além disso, o projecto prevê a construção de um ramal do oleoduto que irá chegar à fronteira da China.
O novo oleoduto irá ligar-se aos pipelines existentes da Transneft, empresa pública russa que tem o monopólio de transporte de crude no país, permitindo criar um sistema único que permitirá controlar a distribuição das correntes petrolíferas pelo território da Rússia no sentido Este e Oeste.
Este novo oleoduto poderá contribuir fortemente para o desenvolvimento do Extremo Oriente russo, tanto mais que o transporte de petróleo da Sibéria Oriental para o Pacífico deverá impulsionar a construção naval, nomeadamente de petroleiros e plataformas para extracção de gás e petróleo.
O Extremo Oriente da Rússia é uma região que tem sido muito esquecida por Moscovo, mas, nos últimos tempos, as atenções viram-se para lá, pois é o ponto de contacto com países como China, Japão, Coreia do Sul, etc. O desenvolvimento da região poderá também atrair população de outras regiões da Rússia, pois um dos entraves ao avanço é precisamente o baixo número de habitantes.
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